A era da personalização

Hoje em dia tudo é personalizado, customizado, pensado ao milímetro para mim. O digital e a data fazem com que as marcas, os marketeers, os ‘outros’ me conheçam melhor do que eu e me contactem com tudo o que eles sabem que eu quero, desejo e procuro. E se isto traz muita coisa boa e…

Hoje em dia tudo é personalizado, customizado, pensado ao milímetro para mim.

O digital e a data fazem com que as marcas, os marketeers, os ‘outros’ me conheçam melhor do que eu e me contactem com tudo o que eles sabem que eu quero, desejo e procuro.

E se isto traz muita coisa boa e evita muito desperdício, a mim deixa-me com alguns mixed feelings. 

Não saberão já demais sobre mim, mas porque falam comigo como se eu fosse a sua melhor amiga, mas porque raio acham ‘eles’ que eu preciso disto?

A verdade é que é inegável o sucesso de uma estratégia de marketing personalizada e um dos melhores casos para o comprovar é o da Amazon.

O gigante do comércio online vai muito além do básico e através de dados e tecnologia consegue prever e desenhar o comportamento do consumidor em tempo real, tornando assim a sua comunicação e oferta contextualizada e relevante. Só assim conseguem maximizar a conversão e ter os resultados que pretendem. 

Mas nem todas as marcas estão a ‘usar’ esta personalização da melhor maneira. 

Daí falar-se muito na personalização inteligente que não é intrusiva e que assume acima de tudo relevância para nós.

Já se percebeu que não é suficiente tratar as pessoas pelo nome ou saber até qual é a sua data de aniversário. O mais importante é dar resposta às necessidades de cada um, mantendo os consumidores no centro do que fazem, garantindo assim mais sucesso.

A personalização inteligente deve também estar no centro do negócio, pois consegue incrementar conversão e assim garantir resultados; incrementar valor médio por compra gerando assim mais vendas, e melhorar a experiência do cliente. 

Este último ponto junta-se claramente à relevância como os dois mandatórios da personalização inteligente. 

Experiência do consumidor com a marca e com os produtos aliado à relevância que os mesmos têm para mim – seja essa experiência mais emocional ou funcional – fazem com que se resolva a questão de intrusão e se permita que nos contactem livremente (Hoje em dia com a nova lei de proteção de dados este ‘livremente’ assume novos contornos, mas não me vou focar agora na sigla mais falada do momento). 

É na combinação de estes dois mandatórios que os meus mixed feelings desaparecem e de repente o que me vai aparecendo no meu dia-a-dia digital se vai tornando naturalmente parte do que sou e do que procuro. 

No meio de tanta tecnologia, a personalização pode ainda ser o traço de humanização que queremos (quero) mimar e manter para garantir que tudo continua a fazer sentido.

 

*Diretora Criativa Havas Sports & Entertainment