O líder do PCP reafirmou este domingo que os comunistas vão discutir o próximo Orçamento do Estado sem ter tomado uma decisão sobre o documento, sustentando que o partido “não abdica de nenhum combate sem o ter travado”.
“O PCP não abdica de nenhum combate sem o ter travado”, vincou o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, no discurso de encerramento da 9.ª Assembleia da Organização Regional de Beja do partido, no Centro Cultural da vila alentejana de Cuba.
A decisão do PCP sobre o Orçamento do Estado para 2019, acentuou, será tomada após “o exame concreto” ao documento e “verificação se ele corresponde aos interesses dos trabalhadores” e se avança “na reposição e conquista de direitos”.
Na sua intervenção, o líder comunista admitiu que a “crescente aproximação e convergência do Governo do PS com PSD e CDS” faz aumentar “justas preocupações” com o futuro, nomeadamente em relação à “evolução da política de recuperação de rendimentos e direitos, dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, e de promoção do desenvolvimento do país”.
O dirigente do PCP deu como exemplo da convergência do PS com o PSD e CDS o recente acordo de concertação social, que, na sua opinião, “não responde aos problemas dos trabalhadores e introduz novos elementos negativos”.
Entre outras considerações, Jerónimo advertiu que este acordo “põe a claro os limites do Governo do PS em relação à solução dos problemas de fundo que estão presentes na realidade social e laboral portuguesa”.