Mais fraude e contrafação de vinho

O aumento de fraudes e contrafação de vinho português tem estado a aumentar. No caso do vinho português, assiste-se ao fenómeno principalmente no mercado chinês. 

“Temos assistido nos últimos tempos, principalmente no mercado chinês, a algumas situações muito anómalas relativamente à origem de vinhos, com substituições integrais do produto ou com substituições parciais”, revelou o secretário-geral da Associação de Laboratórios de Enologia (ALABE).

“Às vezes utilizam réplicas tão bem feitas que começa a ser muito difícil detetá-las”, acrescentou Paulo Barros, que falava ontem à agência Lusa à margem da cerimónia da apresentação do congresso internacional ‘Wine Track 2018’.

Segundo o secretário-geral da ALABE, associação sem fins lucrativos, a fraude e a contrafação de vinho a nível mundial “é um aspeto da maior importância para a economia de um país (…). Não só para o Estado, que cobra taxas – e que se houver uma via paralela deixa de as cobrar –, como para o consumidor, que quer produtos autênticos, não quer beber algo falso”.

Paulo Barros realçou que “o consumidor quer saber exatamente qual é a origem do produto e garantir que está integralmente na garrafa o que acabou de comprar, às vezes por preços elevados. Portanto, não quer ser ludibriado”.

O congresso ‘Wine Track 2018’, que tem lugar no Porto em outubro, quer mostrar os caminhos para rastrear o percurso do vinho e chegar à verdadeira origem do produto.