Publicidade em Lisboa. JCDecaux vai explorar espaço por mais 15 anos

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis de PS, BE e PCP e votos contra do PSD e do CDS-PP.

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou hoje, em reunião privada do executivo, a adjudicação da exploração da publicidade no mobiliário urbano à JCDecaux por 15 anos, recusando a anulação do concurso, como pedia o PSD.

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis de PS, BE e PCP e votos contra do PSD e do CDS-PP.

O relatório preliminar deste concurso foi conhecido no verão. Em causa estavam três lotes. O primeiro no valor de quatro milhões de euros – 900 mupis (dos quais pelo menos 10% devem ter natureza digital), dois mil abrigos, 75 sanitários públicos e 40 mupis amovíveis para publicidade institucional –; o segundo no valor de 2,25 milhões de euros – para painéis digitais de grande formato – e um terceiro lote que tinha a indicação meramente financeira para as empresas que pretendiam ficar com os dois primeiros lotes.

As empresas que apresentaram a proposta de maior valor foram a Cartazes & Panoramas I (que concorreu ao lote 1) e a Cartazes & Panoramas II ( que concorreu ao lote 2) – e que pertencem ao fundo de investimento Explorer II, o mesmo da MOP. As duas propostas juntas somaram 8,4 milhões de euros anuais. 

A segunda maior proposta coube à JC Decaux, que concorreu aos três lotes e apresentou um valor inferior em 100 mil euros anuais: 8,3 milhões de euros. Já a Cemusa, que também concorreu aos três lotes, ofereceu 7,6 milhões de euros, enquanto a Alargâmbito, que apenas concorreu ao segundo lote, apresentou uma proposta de 3,1 milhões de euros.

A verdade é que qualquer uma destas propostas ficou bem acima do valor de receita anual que a Câmara de Lisboa arrecada com os contratos em vigor e que rondam os 2,7 milhões de euros.