Em redor dos Mundiais. Dos irmãos suplentes ao campeão do mundo que não quis treinador

Algumas curiosidades sobre o campeonato do Mundo

O Deus de Müller. “Se na maior parte das vezes nem eu sei para onde chuto a bola, Deus que ajude os guarda-redes” – Gerd Müller, avançado alemão 

Esse estranho V búlgaro. De todas as presenças da Bulgária em fases finais de Mundiais, só em 1970 (Milko Gaidarski) e 1994 (Petar Mikhtarski) surgiram jogadores sem um V no nome.

Japonesices. O Estádio de Kobe, no Japão, que foi utilizado durante o Mundial de 2002, tinha um sistema computorizado para controlar o crescimento da relva.

A sede escocesa. Depois da dolorosa derrota da Escócia perante Marrocos na fase final do Mundial de 1998, por 0-3, em Saint-Étienne, os adeptos viraram-se definitivamente para o seu inesgotável hábito de beber. Calculou-se na altura que cerca de oito mil escoceses tenham devorado cerca de 125 mil litros de cerveja. Um número considerável de bares da cidade tiveram de ser encerrados por esgotamento de stock.

Uma questão de guerra. Na fase final do Mundial de 1998, o Iraque esteve presente nos Estados Unidos numa fase de enorme tensão política entre ambos os países. O jornal “Al Qadissiya”, de Bagdade, não foi de modas: “A vossa missão faz parte do combate entre o Iraque e as Forças do Mal, representadas pelos Estados Unidos e por todos os seus aliados.” Os jogadores iraquianos foram mentalizados como se tivessem sido chamados para a guerra.

Irmãos no banco. Irmãos selecionados para campeonatos do mundo foram vários, mas os manos Chanov, da equipa da URSS em 1982, em Espanha, foram caso único. Para já, porque eram ambos guarda–redes. Depois, porque nunca saíram do banco de suplentes. Afinal havia um tal Rinat Dassaev que não costumava dar lugar a mais ninguém.

Antes e depois. O sueco Erik Nilsson e o suíço Alfred Bickel têm uma extraordinária história em comum para contar. Foram os únicos jogadores da história dos campeonatos do mundo a surgirem em fases finais antes e depois da II Guerra Mundial. Nada os deitava abaixo.

Finalmente um X! Na meia-final contra a Alemanha Ocidental, em 1982, que ficou famosa pela agressão de Schumacher a Bellone, a França fez uma substituição que encantou os grandes mestres das esquisitices. O pobre Bellone foi obrigado a sair, com uma concussão cerebral, e para o seu lugar entrou Daniel Xuereb. Pela primeira vez desde 1930, uma fase final de um campeonato do mundo tinha em campo um jogador cujo nome começava por X. Todas as outras letras do alfabeto já haviam recebido essa honra.

Treinador, para que o queremos? Em 1930, o Uruguai recebeu a primeira fase final de um campeonato do mundo e ganhou, tornando-se o primeiro campeão da História. Curiosamente, dispensou o treinador. Eram os próprios jogadores que decidiam o onze que entraria em campo e que tática seria utilizada. Consta que as noites da seleção uruguaia que precediam os jogos eram extremamente animadas. E que nunca os jogadores entraram em conflito. De tal ordem que a Jules Rimet ficou em Montevideu.