Greve dos técnicos de diagnóstico pode afectar consultas e cirurgias

Está também marcada uma concentração junto à Assembleia da República da parte da tarde

Greve dos técnicos de diagnóstico pode afectar consultas e cirurgias

Com expectativas de adesão a rondar os 90%, segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont, a greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica marcada para esta sexta-feira pode vir a afetar consultas, cirurgias programadas e exames de diagnóstico.

A projecção da adesão tem por base os resultados da greve de dois dias, a 24 e 25 de maio, em que chegou a haver estabelecimentos fechados por falta de trabalhadores.

Os profissionais reivindicam aumentos salariais assim como a contagem dos anos de serviço para efeitos de progressão na carreira. No entanto, o que motivou esta greve foi o comunicado do governo enviado a 28 de maio a anunciar o fim das negociações com os sindicatos, explica Dupont à Lusa.

A “ligeira alteração” à tabela salarial apresentada pelo governo com a argumentação de que “não havia condições para apresentar matérias e questões” fez com que os sindicatos dos técnicos superiores de diagnóstico pedissem, a 5 de junho, “uma negociação suplementar face àquilo que é a lei e o enquadramento legal sobre esta matéria”. Até ao momento, não houve qualquer resposta quer do Ministério da Saúde, quer do Ministério das Finanças, e por isso os profissionais iniciaram os protestos.

Para além da greve que marca esta sexta-feira, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica têm também agendada uma concentração às 16h30, em frente à Assembleia da República a que se segue uma vigília junto à residência oficial do primeiro-ministro.

Para dia 13 está prevista uma nova paralisação e a partir de 1 de julho, o protesto passa a ser feito através de uma greve às horas extraordinárias, por tempo indefinido.