A desbocada

A coordenadora da esquerda de caviar tem todo o direito a exprimir o seu pensamento, por mais disparatado que este seja, como os restantes têm igualmente o direito, direi mesmo, o dever, de o contestar.

A big boss dos bloquistas aproveitou o recente 10 de Junho para, em mais uma das diarreias mentais a que nos tem habituado, vir achincalhar o passado histórico de Portugal, que apelidou de esclavagista.

É extraordinário como esta mulher não dá uma para a caixa! Sempre que abre a boca sai asneira.

Os próprios comunistas, que ainda acreditam numa sociedade utópica e batem-se por um regime opressivo, conseguem, por vezes, partilhar visões válidas e de acordo com os princípios que estiveram na génese da nossa civilização, como se verificou há pouco tempo durante a discussão da eutanásia.

Mas esta rapaziada do bloco, nada! Nem uma única ideia coerente, inteligente e respeitadora das crenças em que os portugueses foram educados.

Apenas e só disparates típicos em crianças, mas vergonhosos e ofensivos quando praticados por adultos.

Começaram por ridicularizar e espezinhar os valores morais em que a nossa sociedade se edificou, apregoando todo o tipo de libertinagem que tornam as famílias fracas e desunidas.

Seguiu-se o ataque à herança cristã que desde sempre acompanhou o crescimento de Portugal como Nação, renegando-se a presença de Deus entre nós, ao mesmo tempo que incentivavam a disseminação de outros credos religiosos com os quais não só nunca nos identificámos como, pior ainda, atentam contra o nosso modo de vida.

Assiste-se, hoje, à tentativa de erradicar tradições culturais e populares, com o falso argumento de que representam comportamentos bárbaros, como se primitivas não fossem antes estas vivências imorais e obscenas de que estes miúdos armados em gente crescida se gabam de ser os pioneiros.

E agora, como se não fossem já suficientes as alhadas em que se têm embrenhado, vêm pôr em causa todo um passado histórico que fez a grandeza de Portugal e dos portugueses.

Em vez de perder o seu precioso tempo em acampamentos deboches,  a amiga do Costa, fazendo-se acompanhar, para o efeito, dos seus inúteis acólitos, deveria antes passear-se por esse mundo fora, visitando paragens onde os portugueses, ao longo da nossa riquíssima História, marcaram presença, permanente ou apenas passageira, particularmente na Ásia.

Certamente que escutaria rasgados elogios à herança que lá deixámos e nenhum queixume.

Aperceber-se-ia do profundo respeito que esses povos nutrem pelos portugueses, não por via dos golos do Cristiano Ronaldo, mas sim pelo nosso glorioso passado e por todos os ensinamentos que transmitimos àquelas gentes e que ainda hoje são observados por essas  terras.

Nessas viagens, principalmente em África, se aí se desse ao obséquio de se deslocar, talvez ficasse esclarecida quanto à globalidade da escravatura nos tempos da expansão ultramarina portuguesa, a qual, obviamente, não foi uma criação nossa, mas sim era já praticada há muitos séculos e um pouco por toda a parte.

Sem ser necessário muito exercício de esforço depararia com uma verdade histórica, hoje deturpada nos currículos escolares e romanceada em séries televisivas de qualidade duvidosa: os portugueses não capturaram pessoas livres, escravizando-as posteriormente, mas sim compraram escravos a mercadores africanos que desse negócio viviam.

Portugal foi, aliás, um dos primeiros países do mundo a abolir a escravatura e desse facto é que a antiga actriz, hoje manipuladora de mentes, se deveria orgulhar.

Finalmente, se não estivesse tão obcecada em descobrir podre nos nossos pergaminhos, em vez de os enaltecer junto dos seus, a activista das causas regressivas entenderia que não podemos, à luz das realidades actuais, julgar comportamentos que no passado eram por todos professados e considerados modelos próprios de uma sociedade justa e equilibrada.

Devemos evoluir, sim, mas sem ofender a memória dos nossos antepassados!

A coordenadora da esquerda de caviar tem todo o direito a exprimir o seu pensamento, por mais disparatado que este seja, como os restantes têm igualmente o direito, direi mesmo, o dever, de o contestar.

Vivemos numa sociedade livre e plural, não graças a esta fulana, porque por sua vontade estaríamos subjugados ao sistema político que ela tanto venera, aquele que tem as suas prisões lotadas por delitos de opinião, mas sim pelo esforço e abnegação de todos quantos prezam a liberdade.

Não receio, assim, as ideias da amiga do Costa.

Mas assusta-me, e a todos deveria preocupar, que o governo de Portugal esteja refém daquela criatura!

Pedro Ochôa