Queixas nos transportes públicos não param de aumentar

Entre as principais reclamações, estão a supressão das linhas, o incumprimento dos horários e o excesso de lotação.

Em 2017, as reclamações dos clientes nos transportes públicos aumentaram significativamente. O ano passado foram contabilizadas mais de 61 mil queixas, o que corresponde a uma média de 167 reclamações por dia, sendo que é a CP quem lidera a lista das empresas com mais críticas.

Os clientes queixam-se principalmente da supressão de carreiras, do incumprimento de horários e de paragens, do excesso de lotação de veículos, das multas, dos preços dos bilhetes, das dificuldades de aquisição e de validação dos títulos de transporte por mau funcionamento das máquinas de venda e dos validadores e pelo deficiente atendimento ao cliente.

Os relatórios da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), referentes a 2017, indicam que o número de reclamações aumentou em todos os setores, principalmente no setor rodoviário e ferroviário.

Das 61.319 reclamações, mais de 43 mil foram feitas diretamente aos principais operadores do mercado, e as restantes 18 mil foram escritas no livro de reclamações ou recebidas pela AMT.

A CP é a transportadora que mais queixas recebe e também a que mais clientes tem – 122 milhões -, tendo ultrapassado as 24 mil  reclamações.

O Metropolitano de Lisboa e a Carris são as outras duas empresas que mais queixas têm, e contam com 6060 e 5487 reclamações respetivamente.

Mais a Norte do país, contam-se 3139 críticas ao serviço da STCP e 1639 ao da Metro do Porto.