Costa. Obras no IP3 faz com que não haja “evoluções nas carreiras ou vencimentos”

O lançamento dos concursos para as empreitadas da ligação entre Coimbra e Viseu foi feito esta segunda-feira

António Costa lançou esta segunda-feira os concursos para as obras de requalificação do itinerário principal, IP3, que liga Coimbra a Viseu, onde reforçou que estas empreitadas são “muito mais do que uma obra de ligação”.

As obras irão arrancar no próximo ano e têm um investimento de 134 milhões de euros. Para além de aumentar a segurança dos utentes do viaduto, a diminuição do tempo de viagem também é um objetivo. As obras que vão incidir sobre os 75 quilómetros de estrada vão transformar 85% da estrada para um perfil de auto-estrada, sem portagens e com duas faixas. Segundo António Costa, o Estado vai ajudar “a salvar vidas”, assegurando “segurança na circulação rodoviária”.

“Esta é uma obra central para reforçar a coesão interna da região centro, mas também para melhorar a competitividade” da zona, acrescentou o primeiro-ministro que acredita que o investimento vai “melhorar significativamente as condições para a região centro”.

No entanto, o primeiro-ministro aproveitou o momento para avisar que "não é possível fazer tudo ao mesmo tempo". "Quando estamos a decidir fazer esta obra estamos a decidir não fazer evoluções nas carreiras ou vencimentos", reconheceu Costa acrescentando que "de repetende, toda a gente acha que é possível fazer tudo já e ao mesmo tempo". "É precis oter em conta que, quando decidimos fazer esta obra significa que estamos, simultanemanete, a decidir não fazer outra obra."

O lançamento dos concursos para as empreitadas de requalificação do troço entre Penacova e Lagoa Azul, distrito de Coimbra, decorreu esta segunda-feira junto ao nó de Raiva, no IP3.

Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, que também interveio na cerimónia, disse que este projeto “foi bem acolhido na região”. As obras na “estrada da morte” têm vindo a ser prometidas por vários governos ao longo dos tempos.

“Estamos aqui preocupados em lançar obras para o terreno”, acrescentou o ministro referindo ainda que “era até penoso” falar de um investimento nos últimos anos. No entanto, Marques reforça a importância da requalificação das obras, sobretudo para reduzir a sinistralidade e promover o desenvolvimento regional.

O presidente da câmara de Penacova, Humberto Oliveira, o presidente da câmara de Coimbra, Manuel Machado, e de Viseu, Almeida Henriques, e o presidente da Infraestruturas de Portugal, António Laranjo, também estiveram presentes na cerimónia.

Segundo o ministro do Planeamento e Infraestruturas disse a 4 de maio, as obras na IP3 deverão durar entre três e quatro anos.