Público com nova direção

David Dinis apresentou a demissão do Público no início da semana. Manuel Carvalho será o novo o diretor do jornal.

Manuel Carvalho foi esta terça-feira anunciado como o novo diretor do jornal  Público. A escolha foi comunicada pela administração do órgão de comunicação depois de David Dinis ter apresentado a sua demissão um dia antes – em causa está o facto de o conselho administrativo do jornal ter decidido despedir o diretor-adjunto, Diogo Queiroz de Andrade. 
Manuel Carvalho faz parte da redação do jornal desde a sua fundação – final de 1989 – tendo trabalhado na secção de Economia durante dez anos. Foi ainda, entre 2000 e 2012, subdiretor e diretor-adjunto, participando nas direções de José Manuel Fernandes e Bárbara Reis, e atualmente era redator principal na redação do Porto.

Na segunda-feira, o conselho administrativo explicou, em comunicado, que decidiu demitir Diogo Queiroz de Andrade – responsável pela área digital do jornal – «após um processo de reflexão ao longo das últimas semanas».  

A nota do conselho adianta ainda que «na sequência da comunicação efetuada e anteriormente discutida o diretor, David Dinis, apresentou a sua demissão», agradecendo ao ex-diretor «toda a dedicação e profissionalismo com que abraçou o desafio de liderar um meio de referência na comunicação social nacional», esperando que o jornalista tenha os «melhores sucessos pessoais e profissionais». Ao antigo diretor-adjunto, o conselho administrativo também lhe desejou «sucesso na vida pessoal e profissional».

Com a demissão de David Dinis, a restante direção, composta por Tiago Luz Pedro e Vítor Costa, também se demitiu. No entanto, o comunicado da administração não adiantou se já foram tomadas decisões para substituir os restantes elementos da direção do do jornal Público.

Ainda na segunda-feira a administração pediu ao conselho de redação para se pronunciar acerca da demissão do diretor-adjunto, mas isso nunca aconteceu porque pouco tempo depois David Dinis convocou um plenário para explicar quais os motivos que o levaram a deixar o cargo. Cristina Soares, administradora do órgão, fez também alguns esclarecimentos sobre a decisão tomada por parte do conselho administrativo.

Na terça-feira, dia em que foi anunciado o nome do novo diretor, a administração assegurou, em comunicado citado pela Lusa, que «ao demitir o diretor-adjunto sem a concordância do diretor, mas não à sua revelia, não interferiu em matéria editorial, limitou-se a exercer um direito consagrado na lei da imprensa: o de nomear e de demitir o diretor, o subdiretor e diretores-adjuntos».