Manuel Pinho saiu do DCIAP sem ser ouvido

Advogado explicou aos jornalistas que as diligências foram anuladas e que Pinho “não é, neste momento, arguido neste processo”

Depois de ter chegado com 30 minutos de atraso ao DCIAP, Manuel Pinho saiu do edifício. Ricardo Sá Fernandes, advogado do ex-ministro, explicou aos jornalistas que a diligência ficou “sem efeito” e que “o dr. Manuel Pinho não é, neste momento, arguido neste processo”.

“Nós fomos notificados primeiro verbalmente”, disse o advogado acrescentando que Manuel Pinho “saiu sozinho porque assim que houve a desmarcação não era preciso que permanecesse no edifício”.

Quando questionado se o ex-ministro prestou declarações, Sá Fernandes apenas repetiu que as diligências tinham sido desmarcadas e que não há ainda data prevista para um novo interrogatório.

“Acho que deveria ser o Ministério Público (MP), que marcou e desmarcou, a explicar porque a desmarcou”, disse ainda o advogado não querendo avançar a razão, apenas referindo como “razões processuais”.

Sobre a audição no parlamento, Sá Fernandes garantiu que o ex-ministro irá responder às perguntas seguindo o que foi acordado com a comissão, ou seja não respondendo às questões sobre o caso BES e EDP antes do interrogatório do DCIAP. No entanto, o advogado voltou a frisar o descontentamento com a marcação dos dois inquéritos para o mesmo dia.