Portugal recupera no desemprego jovem, mas continua mal

De acordo com o FMI, Portugal está na lista de países que mais recuperou depois da crise quando o tema é o desemprego jovem. 

Só desde 2013, foram criados 300 mil postos de trabalho. No entanto, as notícias não são tão boas como parecem à primeira vista. O país continua na lista dos países com os valores mais altos para o desemprego nesta faixa etária. 

“Os resultados mostram que apesar das tendências demográficas adversas continuarem a ser o principal fator de redução da força de trabalho nesta faixa etária, muitos jovens começaram a investir mais na sua formação e prolongaram os estudos, ou integraram o grupo dos ‘desencorajados’ (não estudam, não trabalham e desistiram de procurar emprego), possivelmente como reflexo das fracas oportunidades de carreira”, explica o relatório do FMI. 

Um dos pontos que o FMI ressalva é ainda a precariedade que os jovens encontram. Não é raro conseguirem apenas apenas trabalhos temporários e o relatório esclarece que "estes contratos colocam numa situação de maior vulnerabilidade os trabalhadores mais jovens”. 

Em Portugal, há mais de 160 mil jovens que não estudam nem trabalham

Em Portugal, há mais de 160 mil jovens que não estudam nem trabalham, adiantou no mês passado o Garantia Jovem – um programa europeu coordenado em Portugal pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

De acordo com os dados divulgados, dos mais de 160 mil jovens portugueses que não estudam nem trabalham, 50,2% são do sexo feminino e 49,8% do género masculino.

Relativamente às idades destes jovens, 45% tem idades compreendidas entre os 20 e os 24 anos, 41% entre os 25 e os 19 anos, e 14% estão distribuídos pelas restantes faixas etárias.

Os dados mostram que 59% dos jovens em Portugal são desempregados que estão inscritos no serviço público de emprego, e 41% não se encontram sequer registados nos serviços de emprego, de educação e de formação.

A Garantia Jovem tem como objetivo dar resposta à inatividade e ao desemprego jovem.