Governo afasta nacionalização dos CTT mas aperta exigência

Os CTT têm até janeiro para se adaptarem aos 24 critérios de exigência e qualidade definidos pela ANACOM

Os CTT – Correios de Portugal não vão ser nacionalizados, garantiu o secretário de Estado das Infraestruturas Guilherme W. d’Oliveira Martins. No entanto, o governante avisou que não vai tolerar “margem” de “incompetência” ou de “incumprimento”.  A empresa foi privatizada em 2014 mas o Estado  assinou um contrato de concessão com a administração dos CTT, em vigor até 2020. De acordo com o estabelecido em contrato a cada cinco anos o governo, através da ANACOM e de organizações representativas dos consumidores, avalia a prestação dos serviços dos CTT.  

Há dias a ANACOM estabeleceu 24 critérios de qualidade mais exigentes para os CTT, estabelecendo um prazo de seis meses para que a empresa se adapte. 

A partir de janeiro de 2019, 99,7% do correio normal tem de ser entregue num máximo de cinco dias havendo ainda a meta de 96,3% da correspondência ter de chegar ao destino em três dias.      

Estes são alguns dos critérios a que o governo vai estar “atento” para aferir aferir se são cumpridos assim como “à qualidade do serviço que resulta da lei postal”.
“Estamos para cumprir um contrato e queremos promover a aproximação dos portugueses e acabar com as clivagens que existem entre o litoral e o interior”, sublinhou Guilherme W. d’Oliveira Martins.