Petição para salvar vidas vai esta terça-feira a parlamento

A petição foi uma iniciativa do Movimento Salvar Vidas

“A reanimação cardíaca é um direito de todos os cidadãos”. Este é o principal mote do Movimento Salvar Vidas. O Movimento, dirigido pelo fisioterapeuta Gabriel Boavida, recolheu, ao todo, um conjunto de 7000 assinaturas e vai esta terça-feira levar a petição “a reanimação cardíaca é um direito de todos nós” a parlamento.

Esta petição tem como principal objetivo instruir a sociedade civil e elevar os números das taxas de sobrevivência. Gabriel Boavida disse, à agência Lusa, que “em Portugal a taxa de sobrevivência (a uma paragem cardiorrespiratória) fora do meio hospitalar é das mais baixas da Europa. Estamos a falar de 03% que chegam com vida ao hospital.”. O fisioterapeuta acrescentou ainda que “a sociedade civil é o primeiro elo da cadeia de socorro, é preciso que esteja preparada para identificar o que é uma paragem cardiorrespiratória, saber comunicar isso ao 112 e iniciar o suporte de vida e se for caso disso fazer a desfibrilhação”, enumerado assim os principais objetivos da petição.

O Movimento quer assim que a sociedade civil possa “participar na solução” e que o “suporte básico de vida seja realidade nas escolas”. Procura ainda uma lei que “faça com que esse ensino seja obrigatório a todos os alunos do 12.º ano”.

Porém, Gabriel Boavida diz que é também necessário que esta instrução se alargue a outras profissões, como por exemplo polícias, professores ou bombeiros.

O fisioterapeuta concluiu afirmando que “se passássemos de uma taxa de 3% para 30%” salvaríamos 2700 vidas.