Greve dos estivadores está a influenciar a vida dos portos

Em causa estão perseguições a trabalhadores do sindicato

A greve desta sexta-feira dos estivadores está com uma adesão de 100% de acordo com o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL).

“100% dos filiados aderiram à greve”, declarou uma fonte do SEAL, à agência Lusa, citada pela TVI24, acrescentando ainda que o sindicato representa cerca de 600 trabalhadores, o que representa no universo geral cerca de 60 a 70%.

António Mariano, presidente do sindicato dos estivadores, afirmou que os estivadores “de todo o país resolveram declarar um dia de jornada de solidariedade pelos trabalhadores perseguidos”, referindo-se às “situações de perseguição aos sócios do SEAL” por se terem sindicalizado. Garante ainda que, em Leixões, “a partir do momento em que os trabalhadores se filiaram no sindicato, os seus rendimentos passaram para metade”.

O SEAL afirmou ainda há funcionários habilitados para ligar com equipamento tecnológico que estão “ a varrer o cais e a carregar paralelepípedos”.

António Mariano visou que o impacto da greve terá “graduações diferentes”. Segundo o dirigente sindicalista, a “crescente proliferação de práticas anti sindicais” levou a que a greve se alastrasse dia 13 de agosto até ao dia 10 de setembro.

O SAL apresentou também as razões que levaram à marcação da greve. "Constituem motivos graves, determinantes desta declaração da greve, a crescente proliferação de práticas anti-sindicais nos diversos portos portugueses, revestindo-se estas de extrema gravidade no porto de Leixões, permanecendo ainda graves no porto do Caniçal, agravadas pelo quadro de retaliação por parte das entidades patronais que, em resposta à jornada de luta motivada pelas situações de Leixões e Caniçal optaram por rasgar um acordo celebrado no mês passado, relativo ao porto de Lisboa”.