‘A Menina Que Matou os Pais’. Um dos crimes mais mediáticos de sempre chega ao grande ecrã

Filme chega aos cinemas em 2019

O crime mais mediático do Brasil vai tornar-se um filme. ‘A Menina Que Matou os Pais’ retrata a história de Suzane von Richthofen, rapariga da classealta, de São Paulo, que em 2002 assassinou os pais com ajuda do namorado e do cunhado. O thriller psicológico de suspense chega aos cinemas em 2019.

Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados a 31 de outubro de 2002, pela própria filha. Suzane engendrou um plano com o namorado, Daniel Cravinhos, porque os pais não aprovavam a relação e não autorizavam que os dois fossem viver juntos. Na altura, Suzane tinha 15 anos e Daniel 17.

Suzane faltava às aulas, levava Daniel às escondidas para sua casa e consumia drogas pesadas, como por exemplo ecstasy, fornecidas pelo irmão mais velho do namorado, Cristian.

Após o “não” do pai, Suzane começou a planear a morte dos progenitores com o namorado e com o cunhado. No dia, os três simularam um falso assalto, seguido da morte. Para que este plano corresse como queriam, usaram um dos irmãos de Suzane, Andreas, que tinha apenas 12 anos, para que este lhes desse um álibi inocentemente – ficou combinado Suzanne se encontraria com Andreas num café nas imediações.

Com tudo pronto, os três adolescentes não hesitaram e colocaram o plano em ação: Daniel e Cristian entraram no quarto dos von Richthofen, enquanto estes dormiam, e mataram o casal com barras de ferro. Suzane estava noutra divisão da casa.

Horas depois, Suzane encontrou-se com o irmão no café e, quando regressaram a casa, mostrou-se chocada com o cenário de alegado assalto e chamou a polícia. As autoridades estranharam que nada tivesse sido roubado do local e de a jovem ter perguntado de imediato “como é que os meus pais morreram?” sem que os agentes tivessem dado essa informação. Para além disso, a tranquilidade de Suzane e Daniel deixou os polícias ‘de pé atrás’.

Quatro anos depois, o casal e Cristian foram condenados a 39 anos de prisão. Meses antes de ter sido detida, Suzane tinha dado uma entrevista ao jornalGlobo, durante a qual onde chorou compulsivamente a falar sobre os pais. Mas a verdade é que tudo isto era falso: um microfone apanhou o advogado da jovem a combinar o choro com a sua cliente.

Agora, Suzane tem um novo namorado: um irmão de uma presidiária, que conheceu durante as horas de visita. A sua história chega agora aos cinemas, com a realização de Maurício Eça e argumento da criminologista Ilana Casoy e do escritor de literatura policial Raphael Montes. O irmão de Sezane, Andreas, tem hoje 30 anos e nunca perdoou a irmã.