Fortuna dos 25 mais ricos em Portugal corresponde a 10% da riqueza nacional

Família Amorim lidera ranking, seguida pela Soares dos Santos. Herdeiros de Belmiro regressam ao pódio.

A fortuna das 25 famílias mais ricas em Portugal  – avaliada em quase 18 mil milhões de euros – equivale a 10% da riqueza nacional. Ainda assim, representa um ligeiro decréscimo face aos 18,9 mil milhões registados no estudo anterior publicado pela revista “Exame”. Na base desta descida está a redução da fortuna da família Alexandre Soares dos Santos, dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.

A família Amorim mantém a liderança do ranking com uma fortuna avaliada em 3849 milhões de euros, em grande parte desta fortuna resulta das participações detidas no capital da Galp Energia e na Corticeira Amorim. A petrolífera tem um valor de mercado de 13 mil milhões de euros, enquanto a corticeira tem uma capitalização bolsista de cerca de 1500 milhões de euros. 

No segundo lugar do ranking surge a família de Alexandre Soares dos Santos, apesar da fortuna ter registado um decréscimo no último ano, para os 1818 milhões de euros. Esta redução deveu-se sobretudo à desvalorização das ações da Jerónimo Martins. O património inclui, na área da distribuição, 3677 supermercados em todo o mundo, das marcas Pingo Doce e Recheio, em Portugal, Biedronka, na Polónia, e Ara, na Colômbia. Na área industrial, destaca-se uma parceria com a Unilever, detendo ainda a marca Azeite Gallo. A faturação do grupo ascende a cerca de 16,2 mil milhões de euros.

Logo a seguir surgem os herdeiros de Belmiro de Azevedo, que regressam ao pódio destronando a família Guimarães de Mello que passa para quarto lugar. A fortuna dos negócios da família Belmiro ascende a 1463 milhões de euros. A recuperação deste lugar, que na edição do ano passado era ocupado pela família Guimarães de Mello, deveu-se a uma ligeira valorização das ações das cotadas do universo Sonae.

Entre os mais ricos estão, em quarto lugar, a família Guimarães de Mello, cujos negócios são geridos por Vasco de Mello, com um total de 1.456 milhões de euros. Segue-se António da Silva Rodrigues do grupo Simoldes na quinta posição, com uma fortuna avaliada em 1050 milhões de euros.