CTT. Lucros dos CTT caem 65% para 6,3 milhões até junho

Indemnizações pagas aos trabalhadores pesaram nas contas. Mas rendimentos operacionais do Banco CTT subiram 23% para 10,8 milhões.  

O lucro dos Correios caiu 64,8% no primeiro semestre para 6,3 milhões de euros relativamente aos primeiros seis meses de 2017, anunciou hoje a empresa, indicando que neste período saíram 238 funcionários da empresa. No entanto, a empresa afirmar que sem os efeitos não recorrentes o resultado líquido teria decrescido 19,9%. 

O EBITDA recorrente situou-se em 46 milhões de euros, uma redução de 12,4% impactada pela performance dos serviços financeiros. Já a margem EBITDA foi de 13%, uma melhoria face aos 12,8% do primeiro trimestre.
Já os rendimentos operacionais – que incluem o correio, o expresso e encomendas, os serviços financeiros e o Banco CTT –  subiram 0,9%, passando de 352,1 milhões de euros para 355,1 milhões de euros.

Os proveitos do segmento de correios, que continua a representam a maior fatia no total dos rendimentos do grupo (76%) cresceram 0,3% no primeiro semestre para 270 milhões de euros, tendo invertido a “ tendência dos últimos”, sublinha a empresa. E os CTT explicam esta inversão: assistiu-se nos primeiros seis meses do ano a  uma “evolução positiva do mix de produtos (crescimento do tráfego do correio internacional de chegada), assim como pela atualização do preço regulado que registou um aumento de 3,5% face ao período homólogo”. 

Já o segmento de expresso e encomendas registou um aumento das receitas de 17,7% para 74 milhões de euros.
Os Correios dizem ainda que, entre o final de 2017 até junho deste ano, saíram da empresa 238 funcionários no âmbito do plano de reestruturação da empresa. Uma medida que custou à empresa 13,2 milhões de euros relativa às indemnizações que foram pagas aos trabalhadores. 

Serviços financeiros

Os CTT registaram uma queda 31,7% para 20 milhões de euros nos serviços financeiros. Já os rendimentos operacionais do Banco CTT atingiram 10,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, um crescimento de 23,3% face ao mesmo período do ano anterior. 

A empresa revelou ainda que no final de junho, com 27 meses de atividade, o Banco CTT está presente em todo o território nacional, continente e ilhas, “com 212 lojas (incluindo a nova loja sede do Porto que abriu em maio), com 350 mil clientes, “que se traduz em cerca de 285 mil contas de depósitos à ordem”. Este último indicador representa “um crescimento superior a 93% face ao período homólogo”, adianta.

“Os resultados alcançados neste semestre pelo banco continuam a dar provas do contínuo e encorajador crescimento da atividade bancária, sendo de destacar o robusto crescimento dos depósitos de clientes, para cerca de 736 milhões de euros, o crescimento significativo da carteira de crédito para cerca de 149 milhões de euros, o sucesso da oferta de cartão de crédito Banco CTT, crescendo para cerca de 57 mil cartões colocados, e a intermediação de crédito pessoal e automóvel em parceria com a Cetelem”, referem os CTT.

O semestre foi também marcado pela passagem da sociedade PayShop para o perímetro do Banco CTT. No final de junho, o número de trabalhadores ultrapassou os 238, mais 12,3%, incluindo a incorporação da PayShop.