Confrontos no Zimbabwe por causa de eleições

Partido da oposição está em clara manifestação

Confrontos no Zimbabwe por causa de eleições

As eleições da passada quarta-feira no Zimbabwe ditaram a vitória de Emmerson Mnangagwa e a derrota de Nelson Chamisa. Ainda assim, o resultado não agradou a Nelson Chamisa, presidente da oposição, e o próprio tem-se queixado de manipulação eleitoral. Tal como o presidente, também o povo se tem manifestado na rua provocando vários confrontos.

De acordo com o jornal Público, os confrontos entre a oposição e o exército zimbabuano começaram mal foram divulgados os resultados eleitorais. Os apoiantes do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) deslocaram-se ao hotel em Harare, local onde foram divulgados os resultados.

A polícia, mais propriamente o exército, respondeu logo aos movimentos revolucionários também com violência.  Os confrontos resultaram já na morte de três civis. O uso excessivo das forças armadas foi também criticado pelas instituições internacionais.

Esta quinta-feira, a embaixada dos EUA sugeriu aos cidadãos que permanecessem em casa. Os observadores eleitorais da Commonwealth já vieram condenar a ação militar das forças armadas. Por sua vez, a União Europeia sublinhou que o único problema destas eleições foi o facto de o partido da liderança ter tido mais acesso aos media do que a oposição em questão.

Por toda esta confusão, a Comissão Eleitoral do Zimbabwe já garantiu que vai divulgar os resultados “muito em breve” e que não existiu “nenhuma desonestidade”.

Com o intuito de ‘acalmar’ os ânimos e de restabelecer a paz, Emmerson Mnangagwa, candidato vencedor, comunicou no Twitter que já entrou em conversações com o principal líder da oposição, Nelson Chamisa. “Mais do que nunca é importante agora estar unidos e empenhados em resolver as nossas diferenças num clima de paz e de respeito, dentro dos limites da lei”, pode ler-se.