Altice. Dona da Meo com receitas de 516 milhões no segundo trimestre

Este valor representa uma queda de 5,4% face a igual período do ano passado, mas uma subida de 1,8% em relação os três primeiros meses 

A Altice Portugal fechou o segundo trimestre deste ano com receitas de 516 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 5,4% face ao período homólogo, mas representa uma subida de 1,8% tendo em conta os primeiros três meses deste ano. 

O EBITDA foi de 222 milhões de euros no segundo trimestre,  um crescimento de 2,4% quando comparado com os valores alcançados no primeiro trimestre do ano, ainda assim representa uma quebra de 12% face ao período homólogo.
O investimento operacional ( aumentou 6% para 106 milhões de euros, “o que reflete os contínuos investimentos na rede e a melhoria das práticas comerciais”, diz a empresa que detém a Meo. 

A empresa liderada por Alexandre Fonseca diz ainda que, pela primeira vez em quase dois anos, conseguiu aumentar as receitas no segmento de particulares ao registar um crescimento de 1,3% no segundo trimestre face aos três meses anteriores, “impulsionada por um maior crescimento nas angariações, melhoria nos desligamentos e aumento do ARPU dos novos clientes”.

Quanto ao número de clientes, a operadora revela que obteve 6 mil adições líquidas, o que corresponde ao primeiro crescimento no espaço de cinco anos. Na fibra o número de clientes aumentou 37%, com 46 mil adições líquidas no segundo trimestre.

Já no segmento empresarial as receitas desceram 1,6% em termos homólogos e subiram 1,3% contra os primeiros três meses do ano.

Plano de otimização

A Altice Europa registou receitas consolidadas de 3,47 mil milhões de euros no final do segundo trimestre, o que representa uma queda de 1,4% em relação às receitas que tinham sido registadas no trimestre anterior. O EBITDA caiu 10% no trimestre, para 1,32 mil milhões de euros. 

As receitas desceram 2,3%, enquanto a dívida líquida fixou-se em 31,7 mil milhões de euros.

O administrador financeiro da Altice Europe, Dennis Okhuijsen, já veio garantir que a empresa tem “bastante espaço para o plano de otimização” de custos que tem sido levado a cabo desde o ano passado, revelou durante conferência telefónica com analistas. 

O responsável disse ainda que o grupo está “surpreendido e satisfeito” com a avaliação que foi feita dos seus ativos, referindo-se às torres de comunicações mas também à infraestrutura de redes. Só com a venda do negócio de torres de telecomunicações em França e Portugal o grupo prevê encaixar 2,5 mil milhões de euros.

Os resultados do grupo, incluindo o negócio em Portugal, foram revelados após a empresa liderada por Alexandre Fonseca ter anunciado que tinha exercido o direito de preferência na compra das posições detidas pelas empresas Esegur e Datacomp na SIRESP – sistema de comunicações utilizado por bombeiros e forças de segurança – passando a deter 52,1%. Com esta aquisição, o Estado falhou o objetivo de vir a adquirir a maioria do sistema de comunicações utilizado por bombeiros e forças de segurança e ficou apenas com 33%.