Padel Nations Cup by Barral. Portugal com vitória histórica pela primeira vez na final

Depois de derrotarem o Brasil, com Pablo LIma, um dos dois nº.1 mundiais de padel, Miguel Oliveira e Vasco Pascoal defronta na final de hoje, às 22h30 a Espanha que persegue um primeiro título na prova

Já se tinham ultrapassado as 23h30 de ontem (quinta-feira) quando Portugal alcançou uma vitória histórica sobre o Brasil e se qualificou pela primeira vez para a final da Padel Nations Cup by Barral, que nunca começará hoje (sexta-feira) antes das 22h30, frente à Espanha, na Vale do Lobo Tennis Academy, no Algarve.
 
Miguel Oliveira, o melhor português no ranking mundial (70.º) e Vasco Pascoal (97.º) derrotaram um dos dois n.º1 mundiais da atualidade, Pablo Lima, e Gervásio del Bono (o selecionador de Portugal desde março) por 6-3, 0-6 e 7-6 (7/1), salvando 3 match-points pelo caminho, numa maratona de cerca de duas horas e meia.
 
A Espanha do antigo n.º1 mundial, Juan Martín Díaz (14.º) e de Aday Santana (35.º) apurou-se pela segunda vez para a final, repetindo a presença de 2016, em Vilamoura, mas já se tinha passado da uma da madrugada de hoje (sexta-feira) quando finalmente bateu a equipa campeã do ano passado, a Argentina do campeoníssimo e n.º1 Fernando Belasteguín, o famoso “Bela”, e de Gonzalo “Dogo” Díaz, por 6-3, 6-7 (0/7) e 6-4.
 
Hoje (sexta-feira), às 21h00, há um aliciante Brasil-Argentina, uma repetição da final do ano passado, desta feita para discutir os 3.º e 4.º lugares, havendo uma incógnita na condição de Gervásio del Bono que ontem sentiu cãibras no final do segundo set, vendo a sua ação algo limitada, embora nunca deixando de lutar até ao fim. Logo depois e nunca antes das 22h30 será a vez da final entre Portugal e Espanha, com Portugal a estrear-se na final e Espanha a procurar um primeiro título na prova.
 
Ontem a lotação de mil lugares esgotou poucos minutos antes de começarem os encontros e a de hoje já está esgotada há muito, tendo a Premier Sports, do empresário Pedro Frazão, decidido à última hora aumentar a capacidade do court em pelo menos mais 50 lugares. Miguel Oliveira considerou que o apoio do público foi ontem fundamental para a vitória histórica sobre o Brasil e numa curta entrevista ao Gabinete de Imprensa pediu ao público que hoje seja ainda mais efusivo frente a Espanha.
 
Declarações de Miguel Oliveira
 
«Este é um evento que é maior a cada ano que passa, está a ganhar dimensão, as pessoas lá fora começam a segui-lo e nós sabíamos que esta era a prmeira edição aqui a na Vale do Lobo Tennis Academy e tínhamos hipóteses de ganhar.
 
«O Pablo Lima é n.º1 do Mundo há 3 ou 4 anos seguidos, é um excelente jogador, e o Gervásio del Bono é um antigo grande jogador, sabe muito de padel, é agora o nosso selecionador nacional que nos tem ajudado imenso, mas que já está reformado e havia aí um bocadinho de possibilidades em termos de físico e de ritmo que poderíamos explorar e o jogo correu um pouco por aí.
 
«O público foi sem dúvida chave e fundamental para que nós continuássemos a acreditar que poderíamos ganhar. No 6-5 para eles no terceiro set tivemos 3 match-points contra, aí tivemos muita coragem com uma bola fora do campo, um remate para a frente, e depois o tie-break correu-nos bastante bem.
 
«Estou muito contente, celebrar a vitória foi um marco histórico por ser a primeira vez que Portugal está na final da Padel Nations Cup by Barral, a primeira vez que Portugal ganha ao Brasil numa competição destas.
 
«Depois do encontro falei com o Gervásio e apesar de ele estar triste por ter perdido, também estava contente porque sentiu que perdeu para uma dupla que jogou bem, sentiu que está a fazer um bom trabalho – e está, dou-lhe desde já os parabéns pelo excelente trabalho, porque se estes resultados aparecem são fruto do seu trabalho.
 
«Hoje vamos tentar divertir-nos e desfrutar, sabemos que vamos jogar com dois jogadores espetaculares, será muito difícil. O Juan Martín Díaz é um ídolo, uma referência, acho que foi n.º1 mundial 13 anos, e o Aday Santana também é bastante completo e experiente, mas uma final é uma final. Estamos confiantes e queremos mais apoio do público».