Turismo impulsiona o aparecimento de novas empresas

Desde o início de 2018 já nasceram 27.708 empresas e encerraram mais de nove mil. 

Turismo impulsiona o aparecimento de novas empresas

Desde o início de 2018 já nasceram 27.708 empresas e outras organizações, o que representa um aumento de 10,6% face a igual período do ano passado, revelam os dados do barómetro Informa.

Este crescimento regista-se na quase totalidade dos setores mas o grande impulso vem dos setores ligados ao turismo. Entre estas empresas destacam-se as atividades imobiliárias, construção, a e restauração (nestes casos com algum abrandamento nos últimos 2 meses), Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros e Outros serviços relacionados com o turismo, que representam quase 3/4 do crescimento registado e quase 40% das empresas constituídas entre janeiro e julho deste ano.

Em sentido contrário aos restantes setores, no setor da agricultura, pecuária, pesca e caça ocorreu uma descida nas constituições (menos 402 empresas, -33,6%), com maior impacto nas regiões Norte, Centro e Alentejo.

Neste mesmo período também se verificaram 9.296 encerramentos de empresas e outras organizações. Um número que, segundo o mesmo estudo, representa um aumento de 17,8% face ao mesmo período no ano passado. Uma tendência que, de acordo com o mesmo, se tem acentuado desde abril.

Dos quatro setores que mais contribuem para este aumento destacam-se as Indústrias transformadoras e os grossistas, setores de elevada importância nas exportações, e ainda o retalho, que registaram uma baixa dinâmica no nascimento de empresas e um aumento significativo de encerramentos; no setor da construção o aumento de encerramentos acompanha o aumento de nascimentos de empresas.

Já nas novas insolvências (1.452), mantém-se o ciclo de descida iniciada em 2013. A totalidade dos setores desce ou mantém o número de novos processos de insolvência. Quase 70% destes processos concentram-se nas indústrias transformadoras (21%), retalho (16,3%), serviços (16,3%) e construção (14,2%).

Em julho, a percentagem de empresas que pagam dentro dos prazos acordados (15,1%) manteve-se à semelhança dos primeiros meses de 2018, com os valores mais baixos desde 2007, sendo transversal a todos os setores e regiões. Este indicador está em queda desde setembro de 2017. No entanto, o atraso médio de pagamento situa-se nos 26 dias, valor semelhante ao registado nos últimos 12 meses, pois mais de 2/3 das empresas pagam com um atraso até 30 dias