CDS-PP “considera muito grave” falta de operadores na linha 112 e pede esclarecimentos a Eduardo Cabrita

Nos últimos dias, os órgãos de comunicação social noticiaram que a linha de emergência 112 não está a operar com o número de pessoas necessárias para dar resposta ao elevado número de chamadas.

Em comunicado, o CDS-PP sublinhou que “os factos revelados nos últimos dias” acerca da falta de operacionais na linha 112 e da falta de resposta às chamadas são “muito graves” e “entende ser da maior urgência obter cabais esclarecimentos por parte do Senhor Ministro da Administração Interna”.

“O tempo de resposta da linha 112 pode ser a diferença entre a vida e a morte, pelo que não é admissível haver falta investimento em meios humanos naquilo que é um ponto nevrálgico de todo o sistema de socorro”, frisou o partido.

Perante este cenário, o partido "vêm por este meio requerer ao Senhor Ministro da Administração Interna" para que confirme o noticiado nos últimos dias, garanta que "não está posto em causa o socorro urgente e em tempo útil" e quais foram as medidas já tomadas para resolver esta situação.

Esta terça-feira, o i revelou que o tempo médio de atendimento – que normalmente é feito em seis segundos – está a ultrapassar os três minutos, havendo pessoas a queixar-se de estarem entre 15 a 20 minutos à espera. Já outras, perante a falta de resposta, acabam por desistir de esperar e desligam a chamada.

No domingo, entre as 16h e as 00h mais de 173 chamadas acabaram por ser desligadas sem ter sido feita uma ligação entre a pessoa e os operacionais da GNR e da PSP que se encontram na Central. Nos turnos são necessários 12 operacionais para dar uma resposta adequada, mas em muitos dos turnos estão apenas entre quatro a seis.

A Central Sul do 112, localizada em Oeiras, dá resposta a nove distritos do país: Santarém, Portalegre, Évora, Faro, Beja, Castelo Branco, Leiria, Lisboa e Setúbal.