A Airbnb entregou 3,5 milhões de euros às câmaras de Lisboa e do Porto nos primeiros seis meses do ano resultado da taxa turística. Só a câmara de Lisboa recebeu, nesse período, 2,6 milhões de euros, mas este valor ultrapassa os oito milhões de euros se recuarmos até 2016, altura em que a taxa começou a ser aplicada. No Porto, onde a taxa turística foi instituída em março e tem acordo com a Airbnb desde abril, foram recolhidos em três meses 963 mil euros, igualmente entregues à Câmara.
Em Lisboa – onde é cobrada uma taxa turística de um euro por noite até ao valor máximo de sete euros – a autarquia recebeu através desta plataforma 3,8 milhões de euros no ano passado e 1,7 milhões de euros em 2016. Segundo a plataforma eletrónica, a capital ocupa o 10º lugar entre os destinos mais desejados em 2018 para os viajantes que usam a Airbnb.
Já no Porto, apesar da taxa turística ter começado a ser cobrada a 1 de março deste ano, o acordo com a Airbnb só foi celebrado a partir de abril. O valor em causa é de dois euros por noite no caso de hóspedes com mais de 13 anos, e tem também um máximo de sete dias.
Somando os valores cobrados nas duas cidades, o montante ultrapassa os 9,1 milhões de euros.
“A Airbnb vai mais além dos hotéis na distribuição de benefícios às famílias e às comunidades locais. E torna também mais fácil para os anfitriões pagar sua justa parte dos impostos e contribuir financeiramente para a cidade”, afirma Arnaldo Muñoz, Country Manager da Airbnb Marketing Services para Portugal e Espanha, em comunicado. O responsável aproveitou ainda para criticar a nova legislação do alojamento local, ao afirmar que representa “um passo na direção errada”, ao “aumentar a burocracia para todos”.
A empresa lembra ainda que é a única plataforma que coleta a taxa turística em Portugal. A Airbnb tem atualmente mais de 400 acordos com governos e autoridades locais em todo o mundo para cobrar a taxa turística. No total, já entregou mais de 700 milhões de dólares (603,8 milhões de euros) em nome dos anfitriões.