Paz social na CGD está “ferida de morte”, acusam trabalhadores

De acordo com a CT, nos últimos oito anos “viveu-se num profundo desrespeito pelos trabalhadores da CGD, que estiveram sem aumentos salariais e sujeitos a incumprimento dos seus direitos”.

Para a Comissão de Trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a paz social no banco “está definitivamente ferida de morte”.  Esta é a reação da estrutura sindical depois de ter tido conhecimento da denúncia dos Acordos Empresa (AE) apresentada pela administração da Caixa “por terceiros” e não de uma forma institucional.

Para a CT, esta atitude da administração do banco liderado por Paulo Macedo é demonstrativa “do desrespeito que a Comissão Executiva tem para com os seus trabalhadores e pela sua estrutura mais representativa”.

A CT revelou também que já solicitou reuniões “com caráter de urgência” aos sindicatos STEC, FEBASE, SNQTB e SinTAF para se inteirar dos contornos detalhados da denúncia e avaliar a possibilidade de ações conjuntas.

Recorde-se que, o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) convocou na semana passada uma greve para o dia 24. As restantes estruturas já anunciaram que não avançam para a greve, mas lembram que todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, podem aderir ao protesto. Além das reuniões com os sindicatos, a CT pediu audiências aos partidos com assento parlamentar.

De acordo com a CT, nos últimos oito anos “viveu-se num profundo desrespeito pelos trabalhadores da CGD, que estiveram sem aumentos salariais e sujeitos a incumprimento dos seus direitos”.

Além disso, a CGD “reduziu mais de dois mil postos de trabalho, diminuiu cerca de três centenas de agências, reduziu a sua capacidade operativa sacrificando, desse modo, muito da sua missão de cumprir o serviço público bancário e prejudicando as populações que dele dependem”, avançou a CT.