Faz hoje um ano que a queda de um carvalho centenário durante as festas de Nossa Senhora do Monte, no Funchal, provocou a morte a 13 pessoas. Este ano a festa voltou a realizar-se mas como muito menos afluência.
“É natural que, face ao alarme social que foi criado à volta do arraial do Monte, apesar das garantias de segurança da Câmara, isso tenha sido um fator dissuasor e inibidor de as pessoas se deslocarem aqui ao monte”, disse Paulo Cafôfo, presidente da Câmara Municipal do Funchal, ao chegar à igreja para participar nas celebrações.
O autarca considera que “esse alarme social foi criado por diversas pessoas”, incluindo a Junta de Freguesia que, segundo Cafôfo “teve aqui um papel negativo, que denegride a freguesia do Monte”, acusando-os de “aproveitamento político”. A Câmara fez “tudo o que estava ao seu alcance” para que as celebrações se realizassem em segurança, garante o autarca.
A presidente da Junta de Freguesia, Idalina Silva, já reagiu às acusações afirmando que “a responsabilidade da Junta de Freguesia é sempre lutar pela freguesia”. “O que a Junta tem feito é sempre reclamar melhores condições de segurança para a freguesia. Isso já acontecia antes e vamos continuar sempre a reclamar”, reforçou.
Também Miguel Albuquerque, presidente do governo regional da Madeira, partilhou a mesma opinião. “De facto, houve uma tragédia o ano passado cujas responsabilidades ainda vão ser apuradas e, neste momento, em termos emocionais, isso deixou uma marca nas pessoas e essa marca ainda está muito fresca, muito viva, e é natural que as pessoas tenham alguma inibição em celebrar no sítio onde ocorreu essa tragédia”, disse o presidente.