Grécia deixa o programa de assistência financeira

União Europeia já alertou que “o fim do programa não é o fim do caminho para as reformas”

Hoje é o primeiro dia do resto da vida da Grécia. Depois de oito anos de sucessivos pacotes de austeridade apoios financeiros, Atenas termina esta segunda-feira o terceiro e último programa de assistência financeira.

“O tempo da austeridade terminou, mas o fim do programa não é o fim do caminho para as reformas”, afirmou o comissário europeu para os Assuntos Económicos, este domingo, alertando a república helénica. O regresso ao pré-crise, não é suposto acontecer. Também Alexis Tsipra, primeiro-ministro grego, já anunciou uma intervenção televisiva para esta terça-feira, o dia a seguir ao fim do resgate financeiro.

Mas a alteração será mais ao nível do vocabulário e menos ao nível das medidas. Para Bruxelas é importante que Atenas continue com as políticas impostas pelo ministro das Finanças grego.

A Grécia é o último país a sair dos programar internacionais de assistência financeira – onde Portugal também esteve – em que, no total, recebeu 289 mil milhões de euros distribuídos por três pacotes: 2010, 2012 e 2015. No entanto, o Produto Interno Bruto desceu o seu valor em um quarto, enquanto a taxa de desemprego disparou para os 27,5 por cento em 2013.

Mário Centeno, presidente do Eurogrupo, reconheceu “o esforço extraordinário do povo grego” assim como a “boa cooperação com o atual governo”.

O primeiro-minitro português, António Costa, também já enviou as suas congratulações ao governo da república helénica. "Parabéns ao povo grego e ao primeiro-ministro Aléxis Tsípras pela conclusão do programa de apoio à estabilidade", escreveu Costa numa publicação no Twitter. "Devemos continuar a trabalhar para a reforma da zona euro enquanto única via sustentável para promover a convergência real e prevenir futuras crises económicas e financeiras na União Europeia, acrescentou.