Desemprego registado cai para mínimos dos últimos 16 anos

De acordo com o IEFP, em julho, estavam inscritos nos centros de emprego 330, 6 mil pessoas, menos 20,6% do que no ano passado

O total de desempregados registados no país durante o mês de julho caiu para mínimos de 16 anos. 

De acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final do mês passado havia 330,6 mil desempregados inscritos, universo que diminuiu cerca de 20,6% face a igual mês do ano passado. É preciso recuar até a julho de 2002 para encontrar um valor inferior. 

Mas esta não é a única queda. Também o desemprego jovem caiu e atingiu mínimos. Pode mesmo dizer-se que, segundo os dados do instituto tutelado pelo ministro do Trabalho, Vieira da Silva, estavam incritos em julho cerca de 31,1 mil jovens desempregados. Falamos do valor mais baixo registado em três décadas. Em termos hómologos, este contingente desceu 30%. 

O desemprego de longa duração também costuma ser um dos pontos de grande preocupação. No entanto, o número de pessoas registadas há um ano ou mais também recuou. Em termos homólogos, caiu 24%, o que significa que existem agora 160,5 mil desempregados nesta condição. Para encontrar valores mais baixos é necessário recuar até ao início de 2009.

Os dados do IEFP mostram ainda que, desde o início da legislatura, saíram dos registos cerca de 225 mil pessoas (-40,5% em relação ao final de 2015). 

A análise, agora divulgada, vai no sentido da trajetória descendente observada pelo do Instituto Nacional de Estatística (INE). A metodologia usada é diferente, uma vez que o INE estima o desemprego através do inquérito ao emprego. Ainda assim, não dúvidas: Têm sido registadas descidas. 

De acordo com este gabinete, a taxa de desemprego do segundo trimestre de 2018 desceu para 6,7%, o “valor mais baixo da série iniciada no 1.º trimestre de 2011”.

Numa nota publicada no portal este mês, o INE refere mesmo que “a população desempregada, estimada em 351, 8 mil pessoas, diminuiu 14,2% (menos 58,3 mil) relativamente ao trimestre anterior, prosseguindo os decréscimos trimestrais observados desde o 2.º trimestre de 2016”. 

De acordo com o INE, a população empregada, estimada em 4874,1 mil pessoas, registou “um aumento trimestral de 1,4% (64,4 mil) e um aumento homólogo de 2,4% (mais 113,7 mil)”.

Maior queda da UE No final do mês passado, Portugal destacou-se em matéria de desemprego com a segunda maior queda da União Europeia, ao passar de 9,1% para 6,7% em junho. 

De acordo com o Eurostat, o maior recuo homólogo na taxa de desemprego foi observado em Chipre (de 11,0% para 8,2%), seguindo-se Portugal (de 9,1% para 6,7%) e Croácia (de 11,1% para 9,2%).

As menores taxas de desemprego foram observadas na República Checa (2,4%) e na Alemanha (3,4%).
Já as maiores taxas foram registadas na Grécia (20,2 em abril) e em Espanha (15,2%).