Sporting. Bruno tentou congelar contas; “Foi fumaça”, diz Cintra

O ex-presidente dos leões abordou diretamente os bancos, ameaçando mover ações cíveis caso não cumprissem a solicitação. Agora, será ele a ter de responder a um processo-crime

A notícia foi veiculada pelo “Correio da Manhã” na sua edição de ontem: Bruno de Carvalho, destituído da presidência do Sporting na Assembleia-Geral de 23 de junho, teria pedido aos bancos para bloquearem as contas do clube e recusarem transações que envolvam a instituição. No requerimento, enviado pelo seu advogado, Alexandre Godinho, o ex-líder leonino mantinha a alegação de que continua a ser o presidente do Sporting e ameaçava mover ações cíveis contra os bancos que não cumprissem a solicitação.

Ao início da manhã, o próprio Bruno de Carvalho reagiu no Facebook a estas informações, negando-as veementente e acusando a Comissão de Gestão leonina, liderada por Artur Torres de Pereira, de estar a cometer um “novo exercício de despudorada desonestidade intelectual”.

Durante a tarde, todavia, a Comissão de Gestão confirmou as notícias, revelando que Bruno de Carvalho invocara “os mesmos documentos com que na passada sexta-feira ilegalmente pretendeu usurpar funções que comprovadamente não são suas”. De acordo com o comunicado daquela entidade, os bancos “recusaram participar nesta tentativa de fraude”. À margem da apresentação de Diaby (ver peça à direita), Sousa Cintra também abordou o tema. “As contas não estão congeladas. Isso foi uma fumaça grande que aí andou. Houve tentativas disso que não consigo entender e lamento que queiram manchar o nome do Sporting e criar confusões na opinião pública e nos jogadores”, ressalvou, garantindo que as contas do clube “agora estão normais”. “Quando cheguei é que estavam congeladas, porque havia falta de pagamento de impostos à Segurança Social. Mas esta direção já pagou e a situação entrou na normalidade e continuará assim”, garantiu.

A Comissão de Gestão leonina pondera agora avançar com um processo-crime contra Bruno de Carvalho por usurpação de funções.