Vasco Graça Moura dizia que Luís Amaro era a «pessoa que mais sabe em Portugal sobre livros e escritores». O poeta, ensaísta, secretário, diretor-adjunto e consultor editorial da revista Colóquio/Letras durante mais de vinte anos morreu fez ontem uma semana, a 24 de agosto. O bibliófilo morreu aos 95 anos no hospital Egas Moniz na sequência de uma pneumonia. 

Luís Amaro nasceu em Lisboa e entre 1951 e 1953 foi um dos dirigente das revista A Árvore, juntamente com os poetas António Luís Moita, António Ramos Rosa, José Terra e Raul de Carvalho.

Estreou-se em 1949 com o volume Dádiva e publicou em 1975 Diário Íntimo, obra que viria a integrar a coleção de poesia das Iniciativas Editoriais.

Em meados dos anos 70, ingressa então no quadro da Fundação Calouste Gulbenkian. E fez quase tudo o que havia para fazer na revista Colóquio/Letras: foi secretário da redação, diretor-adjunto e consultor editorial.

«Representado em várias antologias, a primeira das quais é de Jorge de Sena, em 1958, [Luís Amaro foi] sempre discreto, correspondeu-se com alguns dos maiores escritores do século XX» e doou «esse significativo espólio ao Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional», escreveu o ministro da Cultura numa nota de pesar.