Marcelo não vai exigir um acordo escrito entre partidos para formar governo

O Chefe de Estado explicou que com o acordo à esquerda “ficou provado” a cooperação entre os partidos em várias temáticas

Um novo governo que resulte de um acordo partidário é uma possibilidade, mas Marcelo Rebelo de Sousa não vai exigir a assinatura de acordos escritos – nem à esquerda, nem à direita.

“Não me parece essencial haver acordo escrito por uma questão de princípio, mas também não me parece essencial haver acordo escrito porque as dúvidas que se poderiam formular sobre o acordo escrito acabaram por ser resolvidas pela prática da fórmula política”, disse esta quinta-feira Marcelo Rebelo de Sousa em entrevista à TSF.

Para o presidente da República, com o acordo entre o PS, Bloco de Esquerda, PCP e PEV que apoiavam o governo nesta legislatura, “ficou provado” que “os partidos apoiantes do Governo não questionaram a política do governo em pontos que o governo considerava importantes no domínio da Aliança Atlântica e da União Europeia”.

Esta decisão do Chefe de Estado vai de encontro ao procedimento adotado pelo ex-Presidente Cavaco Silva que exigiu a assinatura do acordo entre os partidos de esquerda.

Marcelo justifica esta decisão com a sua própria experiência política. Entre 1996 e 1999, enquanto foi líder do PSP, o agora Presidente da República, viabilizou Orçamentos de Estado