Rui Moreira quer realojar moradores do Aleixo nos próximos seis meses

O presidente anunciou que as 89 famílias que moram nas três torres do Aleixo devem ser encaminhadas para habitação municipal

Rui Moreira garantiu esta segunda-feira que a Câmara do Porto vai realojar em habitações municipais as 270 pessoas que vivem nas três Torres do Aleixo, no prazo máximo de seis meses.

O objetivo do autarca é realojar “o mais rapidamente possível” todas as famílias que atualmente vivem nas três Torres do Aleixo porque a “vida digna não é possível naquelas condições”.

Para isso, Rui Moreira vai encaminhar as pessoas que vivem nas 89 frações para “habitação municipal que vai vagando” e para “alguma da pouca habitação que foi entregue pelo fundo imobiliário”. "E com esta decisão resolvemos, pelo menos, a questão da dignidade e das condições de habitabilidade dos que ali vivem" porque, como considera o autarca, aqueles prédios “não são recuperáveis”.

O prazo para o realojamento de alguns moradores será inferior a um ano.

Rui Moreira anunciou também que está a ser estudado uma solução definitiva para o Fundo do Aleixo, constituído pelo anterior autarca, Rui Rio. “Acredito que será possível encontrar uma solução rápida que, a seu tempo, anunciaremos”, disse Moreira reforçando que a solução irá acautelar os interesses municipais e tratar “com justiça” os parceiros do Fundo do Aleixo. "O Fundo do Aleixo e o Bairro do Aleixo eram seguramente um dos problemas de resolução mais complexa que encontrámos à nossa chegada há cinco anos", acrescentou.

O Fundo criado por Rui Rio resulta de parcerias entre a Câmara e privados que tinham como objetivo transferir os moradores do bairro do Aleixo para habitação construída pelo fundo noutras zonas da cidade. Numa fase seguinte as torres seriam demolidas e iria ser construído um projeto urbanístico de luxo.

O bairro do Aleixo era constituído por cinco torres, mas atualmente restam apenas três. As torres cinco e quatro foram demolidas em 2011 e 2013, respetivamente.