Costa acredita que Orçamento será “seguramente” aprovado e melhorado

Primeiro-ministro não acredita que as negociações com os parceiros de esquerda sejam mais difíceis do que em anos anteriores.

O primeiro-ministro admitiu esta segunda-feira, em Oeiras, que “seguramente” o Orçamento do Estado de 2019 será aprovado e melhorado no Parlamento, reconhecendo que as contas do último ano da Legislatura não serão mais difíceis do que as anteriores. António Costa acabou por responder, ainda que forma indireta, às palavras do secretário-geral do PCP de que o governo não poderia contar “com o ovo no dito cujo da galinha” para aprovar as contas do próximo ano. Segundo António Costa sim,  as contas serão aprovadas.

O chefe de governo avisou ainda os parceiros de esquerda de que “o caminho não está para atalhos”, citado pela TSF.  Apesar das necessidades serem ilimitadas “os recursos são aqueles que existem e temos que ver como os podemos ampliar para fazer o que é possível”, pediu António Costa, enquanto decorre o processo negocial com o PCP e o Bloco de Esquerda.

Para já, o governo já tem a garantia da coordenadora do BE, Catarina Martins, de que o descongelamento da carreira de professores não fará parte da lista de reinvindicações para 2019. “É uma matéria a que não voltaremos no próximo Orçamento”, declarou durante o fim de semana. Também Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, afirmou na entrevista à RTP, no passado dia 4, que o descongelamento de carreiras dos docentes é uma matéria que já está prevista no orçamento de 2018. Mais, “na negociação do Orçamento do Estado não de discutem aumentos salariais”.

Para o PCP o descongelamento terá de contemplar os 9 anos pedidos pelos sindicatos, mas do ponto de vista orçamental, a negociação foi feita no ano passado. Por isso, a situação dos professores deve ser resolvida pelo executivo em negociações com os sindicatos e cumprindo-se o que está previsto desde 1 de janeiro de 2018.

Assim, o caso dos professores não será motivo para travar o processo negocial de 2019, ao contrário do aumento de 10 euros nas pensões já em janeiro de 2019.