Estreias “lusas” nos rivais de sempre e o regresso… de Weah (com vídeo)

Felipe e Éder Militão cumpriram a primeira internacionalização pelo Brasil e Battaglia pela Argentina, no dia em que uma lenda protagonizou um regresso… de peso aos 51 anos

A última madrugada ficará para sempre marcada na carreira de três jogadores que atualmente atuam no campeonato português. Na goleada do Brasil ao modesto conjunto de El Salvador (5-0), os defesas do FC Porto Felipe e Éder Militão estrearam-se com a camisola da seleção canarinha: o primeiro entrou para o centro da defesa do Escrete ao intervalo, enquanto o segundo, reforço portista para esta temporada, começou como lateral-direito, passando para o centro da defesa nos últimos minutos. Já no empate da Argentina com a Colômbia (0-0), Rodrigo Battaglia, médio do Sporting, somou igualmente a primeira internacionalização pela seleção alvi-celeste, agora orientada de forma interina pela dupla Lionel Scaloni-Pablo Aimar (ex-Benfica), alinhando os 90 minutos.

Na partida realizada em Washington (Estados Unidos), o Brasil foi obviamente superior, construindo a goleada com base na inspiração de Neymar e Richarlison, contratação do Everton de Marco Silva para esta temporada e autor de um bis no segundo jogo com a camisola canarinha. No fim do encontro, Tite, selecionador brasileiro, elogiou a polivalência de Militão e, questionado sobre a fraca valia do adversário e a possibilidade de defrontar seleções europeias para elevar os níveis de dificuldade, citou José Mourinho. “Mourinho disse uma vez que ‘dura é a qualificação sul-americana’. Na qualificação europeia há muitas seleções de nível inferior. Mas está tudo aí para as pessoas avaliarem: olhem para o nosso desempenho e tirem as vossas conclusões”, disparou.

O resumo do encontro:

Também em jogo disputado nos Estados Unidos, o nulo entre Argentina e Colômbia contou ainda, além de Battaglia, com a participação do também sportinguista Acuña e do benfiquista Cervi. Do lado dos colombianos, dois ex-FC Porto foram titulares: Juan Quintero e Radamel Falcao.

 

O último adeus de uma lenda A noite de futebol internacional reservou ainda um momento insólito… e absolutamente delicioso: a pouco mais de duas semanas de completar 52 anos, e nove meses depois de ter sido eleito presidente da Libéria, George Weah voltou a alinhar pela sua seleção. Retirado dos relvados desde 2003, e com muitos quilos a mais em relação aos tempos em que maravilhava a Europa ao serviço de Mónaco, PSG, AC Milan ou Chelsea, o antigo avançado foi titular e esteve mesmo em campo até aos 79 minutos!

O encontro particular com a Nigéria, de resto, destinava-se especificamente a homenagear Weah e oficializar a retirada da camisola 14, que o Bola de Ouro de 1995 usou durante toda a carreira internacional pela Libéria. Weah capitaneou a sua seleção e foi, obviamente, ovacionado de pé quando foi anunciada a sua substituição.

A partida de Monróvia, que terminou com a vitória da Nigéria por 2-1, marcou também a estreia internacional de outro jogador do FC Porto: Kelechi Nwakali, médio de 20 anos contratado esta época para a equipa B dos dragões. A seleção nigeriana, capitaneada por John Ogu, antigo médio de Atlético, União de Leiria e Académica, contou ainda com a presença de Chidozie, central portista, e outros dois velhos conhecidos do futebol nacional: Etebo, ex-Feirense, que assistiu para o primeiro golo dos nigerianos, e Simy, ex-Gil Vicente e Portimonense, autor do segundo tento.

Veja aqui um livre apontado pela antiga estrela:

President George Weah of Liberia at age 51 takes a free kick and tries a few trick on @NGSuperEagles defence. You are never too old to fulfil a dream. pic.twitter.com/oXqOEBfsgi

— Jide Ladipo (@JideDGreat) 11 de setembro de 2018