Gonçalo Gato é o compositor em residência na Casa da Música em 2018

Pelo 11º ano consecutivo, a Casa da Música escolheu um compositor português para dar a conhecer ao seu público. Em 2018 a escolha recaiu sobre Gonçalo Gato, compositor que se tem destacado pelas colaborações com alguns dos agrupamentos mais relevantes da Europa.

Gonçalo Gato é o jovem compositor em residência na Casa da Música em 2018, tendo-lhe sido encomendadas três obras que serão estreadas pelos agrupamentos da Casa e pelo grupo de câmara vencedor do Prémio Jovens Músicos no ano anterior.

A primeira peça — Elementos — será tocada pelo Trio Adamastor (Prémio Jovens Músicos de 2017 na categoria de música de câmara), no dia 9 de Outubro. A segunda peça — #where_we’re_going — será estreada pelo Remix Ensemble Casa da Música, sob a direcção de Peter Rundel, no dia 4 de Novembro. Por fim, a terceira peça será estreada pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, sob direcção de Baldur Brönnimann, no dia 9 de Dezembro.

As peças de Gonçalo Gato (1979) têm sido apresentadas em Portugal, Reino Unido, Alemanha, França e Brasil. Tem trabalhado com as principais orquestras inglesas tais como a Sinfónica da BBC, que apresentou o seu octeto Vacuum Instability (2013); a Britten Sinfonia, com a qual desenvolveu a peça Colour Matters (2016); e a Sinfónica de Londres, para a qual escreveu Fantasia (2017). Trabalhou também com importantes ensembles como o Ensemble Recherche (Alemanha), que lhe encomendou a peça A Walk in the Countryside (2016); o Chroma Ensemble (Reino Unido); para o qual escreveu Dégradé (2012); e o Sond’Ar-te Electric Ensemble (Portugal), para o qual escreveu Configurazioni (2010) e Equilíbrio (2017). Antes de rumar a Londres, ganhou por duas vezes o primeiro prémio no Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim: primeiro com a sua obra Derivação (2008), para piano, e depois com Vectorial-modular (2011), para orquestra. Já em Londres, completou o doutoramento na Guildhall School of Music and Drama sob orientação de Julian Anderson.

A pesquisa subjacente levou à publicação de um artigo no OM Composer’s Book 3 (2016), editado pelo IRCAM / Centre Pompidou (Paris), instituição onde obteve formação especializada e onde apresentou o seu trabalho.