Golfe. Garcia veio rodar, Olesen para ganhar e Ricardos para sonhar

o espanhol Sergio Garcia regressa a Vilamoura pela primeira vez desde 2005; o dinamarquês Thorbjorn Olesen considera-se um dos favoritos; Ricardo Melo Gouveia e Ricardo Santos sonham com o título.

Golfe. Garcia veio rodar, Olesen para ganhar e Ricardos para sonhar

Thorbjorn Olesen tem-se cotado como um dos melhores jogadores do European Tour nos últimos meses, somando cinco classificações no top-10 em dez torneios disputados desde maio, incluindo uma vitória no Open de Itália e um 3.º lugar num dos World Golf Championships.
 
Não admira que o dinamarquês se tenha qualificado com apenas 28 anos para a sua primeira presença na seleção europeia da Ryder Cup, já na próxima semana, em França, e desde amanhã (quinta-feira) será um dos favoritos ao título do Portugal Masters.
 
O mais importante torneio português de golfe, de dois milhões de euros em prémios monetários, organizado pelo European Tour, vai para a sua 12.ª edição, como sempre no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, e em 2018 apresenta uma lista de inscritos fortíssima, talvez só superada pela histórica versão de 2009.
 
«Acho que temos aqui alguns nomes mais sonantes do que no passado, mas isso não faz qualquer diferença para mim», sublinhou Olesen, que não se considera «o favorito, mas um dos favoritos» e não esconde que pensa no título: «Adoro vir cá e gostaria de colocar o meu nome neste troféu».
 
Thorbjorn Olesen já jogou «umas sete ou oito vezes o torneio» e só em 2012 conseguiu um top-20, mas acredita que pode «jogar bem neste campo». Sergio Garcia, pelo contrário, irá participar pela primeira vez na prova e não competia em Portugal desde a famosa Taça do Mundo em 2005, neste mesmo campo desenhado por Arnold Palmer em Vilamoura. «O campo está muito diferente do que era nessa altura. Acho que agora é um desafio muito maior e será um bom teste e um bom aquecimento para a próxima semana», disse o espanhol de 38 anos.
 
«A próxima semana» é uma referência à Ryder Cup, uma competição que o campeão do Masters de 2017 irá disputar pela nona vez na sua carreira, desta feita graças a um convite do selecionador europeu, o dinamarquês Thomas Bjorn.
 
Garcia frisa bem que mesmo no Algarve tem a Ryder Cup na cabeça: «Se ganhar esta semana, será obviamente excelente, porque ajuda à confiança, mas, mais do que tudo, o que quero é fazer algumas voltas de golfe e ganhar rodagem competitiva».
 
O 12.º Portugal Masters apresenta uma lista de inscritos de 156 jogadores e integra a primeira divisão do golfe profissional europeu. Os vencedores de Majors Sergio Garcia (Espanha), Padraig Harrington (Irlanda), Angel Cabrera (Argentina), Danny Willett (Inglaterra) e Charl Schwartzel (África do Sul) são as grandes figuras do torneio do Turismo de Portugal.
 
A participação portuguesa está a cargo de 11 jogadoras, a segunda maior delegação de sempre na prova, com destaque para os dois Ricardos, Santos e Melo Gouveia, ambos antigos membros do Clube de Golfe de Vilamoura, nos seus tempos de amadores. Os restantes portugueses são João Carlota, Tiago Cruz, Tomás Silva, Miguel Gaspar, Tomás Melo Gouveia, João Ramos, Tiago Rodrigues, Vítor Lopes e Afonso Girão.
 
«Já sonhei a dormir e acordado em levantar este troféu», disse Ricardo Santos, 16.º classificado em 2012, que tinha faltado às duas últimas edições da prova por colidir «com torneios importantes do Challenge Tour». Quanto a Ricardo Melo Gouveia, 5.º classificado no ano passado, também assegura que o título «é um sonho, um objetivo desde pequeno».
 
Entretanto, hoje (quarta-feira) realizou-se o sempre concorrido Pro-Am, com a vitória a sorrir ao professional Haotong Li, associado aos amadores Diogo Louro, Francisco Domingues e Rodrigo Simões de Almeida, a equipa do BPI que somou 44 pancadas abaixo do Par. Alguns dos craques do torneio também brilharam, com a formação de Sérgio Garcia em 2.º, a de Thorbjorn Olesen em 5.º e a do campeão do ano passado, Lucas Bjerregaard em 4.º.