OPA à EDP. Regulador brasileiro dá OK à operação

No Brasil, além do CADE, a Agência Nacional de Energia Elétrica brasileira também terá de se pronunciar. Mas as autorizações não ficam por aqui. Ao todo, a compra terá de ser analisada por 18 entidades em oito países. 

O Conselho Administrativo da Defesa Económica do Brasil (CADE) recomendou a “aprovação sem restrições” do negócio entre a China Three Gorges (CTG) e a portuguesa EDP. O pedido de luz verde foi submetido pela CTG, em agosto. Esta operação é vista como “incapaz de alterar significativamente a estrutura dos mercados de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica em todos os cenários considerados e recomenda-se, pois, a sua aprovação, sem restrições”, diz em comunicado.

No Brasil, além do CADE, a Agência Nacional de Energia Elétrica brasileira também terá de se pronunciar. Mas as autorizações não ficam por aqui. Ao todo, a compra terá de ser analisada por 18 entidades em oito países. 

A operação foi anunciada em maio sobre a totalidade do capital da elétrica, avaliando-a em 11,9 mil milhões de euros. Os investidores oferecem 3,26 euros por cada ação da EDP – a proposta chinesa tinha implícito um prémio de 4,8% face à última cotação antes da OPA, de 3,11 euros – enquanto na EDP Renováveis a contrapartida está nos 7,33 euros. Um valor que considerado baixo pela administração de António Mexia – no seu entender, “não reflete adequadamente o valor da EDP”.