“Nós temos é de defender aquilo em que acreditamos”, disse Marcelo sobre discurso de Trump na ONU

Marcelo Rebelo de Sousa não aplaudiu Donald Trump após o seu discurso dado esta terça-feira durante a Assembleia-Geral da ONU. 

O representante de Estado português afirma que se trata de um ato de “obediência” aos ideais portugueses, "sobre a matéria do papel das Nações Unidas e da situação mundial tem uma visão que é defender o multilateralismo, defender o diálogo".

Durante o seu discurso, Trump rejeitou "a ideologia do globalismo", para que se desse destaque à "doutrina do patriotismo" e, Marcelo afirma que Portugal acredita "acima de tudo na orientação do secretário-geral das Nações Unidas", ou seja, em António Guterres.

“Entendemos que a linha de orientação dele para as Nações Unidas está correta, coincide com a linha que nós defendemos. Há outras orientações, mas que são diversas das nossas", explicou o Presidente da República português.

Além disso, Marcelo refere ainda que Portugal tem o papel de “defender a preocupação com as alterações climáticas, defender a concertação permanente para resolver os conflitos mundiais, defender o livre comércio internacional e não o protecionismo".

O Chefe de Estado adiantou que o seu discurso na quarta-feira "vai nesse sentido": "Portanto, em função do sentido da intervenção, é natural que, perante as várias intervenções de outros países, nós reajamos em obediência à nossa orientação fundamental". "Nós temos é, sobretudo, de defender aquilo em que acreditamos", terminou.