“Finalmente neste processo há um juiz legal e não um juiz escolhido pelo MP”, diz defesa de Sócrates

Defesa de José Sócrates reagiu à escolha do juiz da fase de instrução, que foi feita esta sexta-feira, por sorteio.

“Finalmente neste processo há um juiz legal e não um juiz escolhido pelo Ministério Público. Tenho um grande conforto porque foi cumprida a lei. Não gostaria que tivesse sido sorteado o Carlos Alexandre cuja parcialidade me parece evidente. Este processo está viciado desde o início”, disse ao jornal Público uma dos advogados de José Sócrates, João Araújo.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates e João Araújo não estiverem presentes no sorteio, ao contrário do que tinha pedido.

O caso foi sorteado esta sexta-feira entre os dois magistrados que fazem parte deste tribunal: Ivo Rosa e Carlos Alexandre, o juiz que teve este processo em mãos desde o início e que vários arguidos tentaram afastar.

De todos os arguidos da Operação Marquês, apenas Ricardo Salgado não pediu a abertura de instrução, seguindo assim diretamente para julgamento.

Os restantes arguidos esperavam até agora saber qual o juiz que ficaria à frente desta nova fase. José Sócrates voltou a pedir, no requerimento de abertura de instrução, o afastamento do juiz Carlos Alexandre, invocando, tal como Armando Vara, que houve violação do princípio do juiz natural.