PSP critica mãe de menina que desapareceu no Estoril

Polícia afirma que se tratou de “uma situação que, de todo, não correspondia ao relatado pela progenitora”

Durante a noite desta segunda-feira, na zona do Estoril, as autoridades foram alertadas por uma mulher para o desaparecimento da sua filha decinco anos. O caso foi divulgado nas redes sociais e foram colocadas a circular fotografias da menina de cinco anos. Quatro horas depois, a PSP encontrou a menina em casa de uns familiares. A polícia apercebeu-se de que se tratava de um falso alarme e deixou algumas críticas à mãe da menina.

Fabrícia foi dada como desaparecida às 20h00 do dia 1 de outubro. Segundo uma fonte da PSP à agência Lusa, a mãe e a criança “estavam numa paragem do autocarro no Estoril, perto do liceu de S. João”, quando “esta perdeu o controlo da criança. (…) Tal terá acontecido quando a mãe efetuou ou recebeu uma chamada telefónica”.

O alerta da mãe, de acordo com a PSP, mobilizou “inúmeros meios policiais”. Após quatro horas de buscas, a menina foi encontrada em casa de um familiar da parte do pai, tendo este a guarda judicial de Fabrícia.

"Podemos confirmar que a criança apareceu em casa de um familiar. Depois de localizarmos o pai, este fez algumas diligências e foi possível perceber que um familiar a tinha levado daquele sítio para casa", anunciou a PSP após a menina ter sido encontrada.

A PSP explica que foi a progenitora quem “solicitou a essa familiar do pai que tomasse conta da menina por breves instantes enquanto se ia deslocar a um estabelecimento comercial nas imediações do local do desaparecimento”.

“Contudo, e dado que a progenitora não aparecia, a familiar do pai acabou por levar a menina para a sua residência, na zona de Alcoitão, visto que desde o nascimento da criança que vem tomando conta da mesma”, pode ler-se no comunicado.

As autoridades explicam que, confrontada com esta proximidade familiar, a mulher confessou o sucedido. A PSP aproveitou para deixar críticas ao comportamento da progenitora, visto que a sua conduta obrigou à “mobilização de inúmeros meios policiais para uma situação que, de todo, não correspondia ao relatado pela progenitora, impulsionando um balanceamento erróneo do dispositivo policial para locais onde efetivamente não eram necessários, o que naturalmente prejudica a segurança de toda uma comunidade”.