Funcionária ateou incêndios numa escola devido ao “fascínio pela confusão”

O próprio filho estudava na escola onde mulher cometia os crimes

Uma mulher de 37 anos confessou, esta quinta-feira, ter ateado incêndios na escola de Cabeceiras de Basto. Na altura em que cometeu os crimes trabalhava no estabelecimento de ensino como assistente operacional, afirmando ter actuado sob o efeito de uma depressão e devido ao “fascínio pela confusão”que causava com os fogos.

De acordo com a agência Lusa, no julgamento, que se sucedeu no Tribunal de Guimarães, a mulher afirmou que logo após começar os incêndios, era ela quem os tentava apagar ou pedia ajuda. A mesma tinha um filho nesta escola a estudar e afirma nunca ter tido intenções de provocar danos humanos ou materiais.

Os crimes ocorreram em 2017, em que duas salas da escola ficaram totalmente destruídas, tendo a escola chegado a encerrar pois suspeitava-se de um problema nos circuitos eléctricos.

Para além da escola, a mulher chegou a atear fogos na Piscina do Arco de Baúlhe, onde trabalhou durante algum tempo depois de trabalhar como assistente operacional na escola.

A mulher encontrava-se detida desde novembro.

"Era um impulso forte que não conseguia controlar, uma coisa estranha. Não queria que o fogo se alastrasse, não queria magoar ninguém, era só mesmo pelo fascínio por aquela confusão toda", disse em tribunal.

A mulher afirmou em tribunal que na altura em que cometia os crimes tinha deixado de tomar medicação para a depressão, encontrando-se descompensada, devido ao facto de que os medicamentos eram “muito caros” e esta estava a atravessar um período de dificuldades financeiras.

Os danos causados pela ex-funcionária estão avaliados em mais de 50 mil euros.