“Por ser Ronaldo, por ser Portugal, a queixosa não tem nome”

 “Fico impressionada com o nível de misoginia que anda por aí”, escreveu a deputada Isabel Moreira 

Isabel Moreira comentou pela primeira o caso que envolve Cristiano Ronaldo e uma alegada vítima de violação. A deputada socialista mostra-se “impressionada” com muitas das opiniões que têm surgido nos últimos tempos em relação a este assunto.

“Fico impressionada com o nível de misoginia que anda por aí”,começou por escrever Isabel Moreira.

A deputada lamenta que, “por ser Ronaldo, por ser Portugal”, a alegada vítima acabe por não ter nome “e, sem se ler uma investigação séria como esta, tudo o que vem sendo objeto da nossa luta cai por terra”, acrescentou.

A deputada lamenta ainda o facto de serem usados alguns argumentos, como: “se é modelo é duvidosa; se subiu, com uma amiga, à suite de Ronaldo, perdeu o direito a dizer 'não'; se houve acordo de confidencialidade é porque a 'gaja' queria dinheiro; se isto 'aparece só agora' é evidente que ela quer fama e mais dinheiro".

Isabel Moreira sublinha que no meio da situação Ronaldo pode ou não ser culpado, defendendo que “a presunção de inocência deve ser respeitada”. No entanto, diz que, mesmo sem se saber se Ronaldo é ou não inocente, isso não a impede de ter uma opinião.

“Este caso, como outros, tem um impacto mediático gigante, pelo que se Ronaldo for inocente, ele é demolidor e terrivelmente injusto para ele, mas se Ronaldo for culpado, não sei onde é que Kathryn Mayorga vai buscar forças”, rematou