Esta sexta-feira, milhares de professores saíram da Alameda D. Afonso Henriques em direção ao Ministério das Finanças, em manifestação pela contagem integral do tempo congelado.
A manifestação, no dia que se assinala o Dia Mundial do Professor, é encabeçada por vários dirigentes sindicais, entres eles Mário Nogueira, líder da Fenprof.
No protesto, podia ler-se uma faixa com a frase "nove anos, quatro meses e dois dias, não ao apagão”, balões com as mensagens “fim da precariedade, horários adequados", "aposentação justa" e ouviam-se palavras como "Governo escuta, os professores estão em luta" e "o tempo é para contar, não é para apagar”.
Antes do início da manifestação, pelas 15h30, Carlos Silva, líder da UGT, cumprimentou os dirigentes sindicais e os professores e Arménio Carlos, líder da CGTP, discursou aos docentes.
A manifestação é o culminar de uma semana de protesto, com quatro dias de greve, que se iniciou na última segunda-feira. Em causa está a recuperação integral do tempo de serviço, reivindicações acerca da aposentação, a sobrecarga horária e ainda a precariedade.
Recorde-se que, na quinta-feira, o Governo aprovou um decreto-lei que define que os professores vão recuperar dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço efetuado. Contudo, os docentes exigem a recuperação de nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço congelado.
Para os sindicatos este decreto-lei foi considerado ilegal.
O Bloco de Esquerda (BE) anunciou ainda que caso Marcelo rebelo de Sousa promulgue este diploma, que o partido irá avançar com uma apreciação parlamentar.