António Costa garante que decreto-lei aprovado para os professores é o “possível, justo e razoável”

Esta sexta-feira, milhares de professores saíram da Alameda D. Afonso Henriques em direção ao Ministério das Finanças, em manifestação pela contagem integral do tempo congelado.

António Costa negou esta sexta-feira que o Governo tenha desrespeitado os professores e afirmou ainda que o decreto-lei aprovado, na última quinta-feira, é o "possível, justo e razoável".

"Houve uma negociação que decorreu, foi concluída sem acordo. O Governo ontem aprovou aquilo que eu acho que é possível, justo e razoável para dar execução ao que foi o nosso compromisso negocial e aquilo que foi determinado na Lei do Orçamento", afirmou o primeiro-ministro, depois de questionado sobre a manifestação que está a decorrer em Lisboa.

"É outra forma de manifestação, que naturalmente nós respeitamos”, acrescentou Costa, à margem de uma visita à exposição de arte contemporânea da coleção António Cachola, no Palácio de São Bento.

Confrontado pela faixa que os professores exibiram esta manhã, durante as comemorações oficiais do 05 de Outubro, com a frase "a República respeita os professores, o Governo não", António Gosta recusou esta ideia.

"Não, nós respeitamos, podemos é não estar de acordo", afirmou.

Recorde-se que, esta sexta-feira, milhares de professores saíram da Alameda D. Afonso Henriques em direção ao Ministério das Finanças, em manifestação pela contagem integral do tempo congelado.

Na quinta-feira, o Governo aprovou um decreto-lei que define que os professores vão recuperar dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço efetuado. Contudo, os docentes exigem a recuperação de nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço congelado.