Seleção. Rafa substitui o lesionado Guedes

O atacante do Benfica volta a ser chamado por Fernando Santos após dois anos de ausência

A Seleção nacional de futebol concentrou-se ontem na Cidade do Futebol, em Lisboa, tendo em vista os próximos dois compromissos do conjunto orientado por Fernando Santos: o primeiro já esta quinta-feira, na Polónia, em jogo a contar para a Liga das Nações, e o segundo no domingo, na Escócia, numa partida de caráter particular.

O primeiro dia ficou marcado pela troca nos convocados em relação à lista inicial: Gonçalo Guedes, que saiu de campo logo aos 10 minutos no jogo do Valência com o Barcelona, devido a lesão, foi substituído por Rafa Silva, atacante do Benfica. Em comunicado, o Valência revelou que Guedes sofreu uma “distensão no adutor esquerdo”, o que o deixará fora dos relvados nas próximas semanas. Rafa regressa assim à equipa das quinas mais de dois anos depois da última chamada, em setembro de 2016, quando integrou a lista para o duplo compromisso contra Gibraltar e Suíça, na primeira convocatória após a conquista do Europeu, em França.

A grande novidade reservada por Fernando Santos nesta convocatória acabou por ser Hélder Costa, o único estreante. O extremo nascido em Angola e formado no Benfica, hoje a brilhar no Wolverhampton, de Inglaterra, foi mesmo o primeiro escolhido para falar aos jornalistas no arranque da preparação e não escondeu a felicidade por estar presente na Seleção principal. “É a realização de um sonho, chegar a esta seleção é o objetivo de qualquer jogador. Estou cá e agora espero ajudar a equipa. A maior parte das pessoas conhece as minhas características, vou trazer trabalho para conseguir jogar e ajudar a equipa. Esse é o meu primeiro objetivo”, frisou o jogador de 24 anos, lembrando conhecer “a maior parte dos colegas”, com quem jogou nos escalões de formação – soma 61 internacionalizações nas seleções jovens.

O percurso nas camadas jovens do Benfica, de resto, foi ressalvado pelos profissionais de comunicação social, com o jogador a mostrar não guardar mágoa pelo facto de não ter tido oportunidades na primeira equipa das águias. “Cada caso é um caso. Quem joga na formação dos clubes grandes sabe que nem todos vão chegar às equipas principais. No meu caso não consegui, tive de fazer pela vida e agora estou bem. Espero que continue assim no futuro”, sentenciou.