Bolsonaro. “Eu prefiro a prisão cheia de bandidos do que um cemitério cheio de pessoas inocentes”

O candidato de extrema-direita defendeu ainda o fim do ativismo

Jair Bolsonaro, que venceu a primeira volta das presidências brasileiras, no último domingo, afirmou que prefere uma “prisão cheia de bandidos a um cemitério cheio de inocentes”.

"Vamos encher a prisão de bandidos. Isso é errado? Basta não fazerem a coisa errada. Eu prefiro a prisão cheia de bandidos do que um cemitério cheio de pessoas inocentes", afirmou o candidato de extrema-direita, em entrevista à radio Jovem Pan.

Apesar das manifestações contra si na véspera, na maioria por parte de mulheres e representantes de minorias, Bolsonaro alcançou 46% de votos válidos na primeira volta das eleições.

"[Nos protestos] havia um terrível cheiro a canábis, as mulheres iam com as axilas peludas. Eles são ativistas de minorias, não estou a generalizar", disse, garantindo ainda que, caso seja eleito presidente, "não haverá dinheiro público para alimentar esse tipo de pessoas, eles terão que trabalhar".

Assim, o candidato do Partido Social Liberal (PSL) afirma que uma medida a tomar é acabar "com esse ativismo xiita (segundo maior ramo de crentes do Islão)", que, na sua opinião, vive "em grande parte com o dinheiro das ONG".

"Eu acho que você tem que defender a sua posição, mas sem ir ao radicalismo tal como eles fazem, isso tem que acabar, o ativismo não é benéfico e nós temos que acabar com isso”, disse.

Jair Bolsonaro referiu ainda que alguns meios de comunicação social fazem uma “campanha descomunal” contra si e voltou a lançar farpas a Fernando Haddad, o seu rival na corrida à presidência, chamando-o de “mentiroso”.

Bolsonaro e Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) que conseguiu 29% dos votos dos brasileiros na primeira volta, vão defrontar-se no dia 28 deste mês, na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras.