Lady Gaga fala da doença mental na primeira pessoa

O suicídio é a segunda causa de morte nos jovens entre os 15 e os 29 anos.

‘Oitocentas mil pessoas cometem suicídio anualmente. O que podemos nós fazer?’ é o titulo de um texto escrito por Lady Gaga e por Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde.

As palavras são pungentes, mas também não é para menos. Os números apresentados são muito preocupantes.

Pelo menos uma em quatro pessoas sofrerá de doença mental e os jovens são quem mais está em risco, pode ler-se no texto publicado pelo Guardian.

“Apesar da universalidade do tema, é uma batalha falar do assunto abertamente ou prestar cuidados e recursos adequados”, escrevem. “No seio das famílias e das comunidades, permanecemos frequentemente em silêncio devido a uma vergonha que nos diz que os que são afetados pela doença mental são de alguma forma menos dignos ou que estão em falta por causa do seu sofrimento”, acrescentam.

Para a cantora e para o responsável da OMS o suicídio é o “sintoma mais extremo e visível do largo espetro da emergência da doença mental, que até agora não temos conseguido de forma bem-sucedida”.

“É preciso quebrar o ciclo de ostracização, culpa e condenação” que rodeia o assunto da doença mental. As estatísticas citadas no texto dão conta de que o suicídio é a segunda causa de morte nos jovens entre os 15 e os 29 anos.

Sublinhe-se que Lady Gaga é uma ativista de longa data das causas sobre doenças mentais, incluindo a prevenção do suicídio, a cantora e atriz criou, em 2012, em conjunto com a sua mãe, a ‘Born this Way’, uma fundação dedicada ao tema, focando-se nos jovens.

A luta da cantora com a doença mental é pública, recorde-se que Lady Gaga sofre de stress pós-traumático, na sequência de ter sido vítima de abusos sexuais.

Numa entrevista em 2016, a artista disse: “Tenho procurado formas de me curar e descobri que a bondade é a melhor forma”.