Lixo que dá à costa em Viana do Castelo vem da Alemanha, Espanha e Malásia

Os resíduos vão desde “vassouras a molas da roupa, peças de fogo-de-artifício, seringas, tampões auriculares, frasco para análises clínicas, cotonetes e fitas de identificação de hospitais”

Alemanha, Espanha e Malásia, a maioria do lixo que deu à costa na praia do Cabedelo, em Viana do Castelo, é proveniente destes países.

A informação é avançada pela autarquia de Viana do Castelo no âmbito de um projeto de monitorização de lixo, que recolheu 200 quilogramas de lixo em 2017.

Os resíduos vão desde "vassouras a molas da roupa, peças de fogo-de-artifício, seringas, tampões auriculares, frasco para análises clínicas, cotonetes e fitas de identificação de hospitais", segundo fonte autárquica, citada pela Lusa.

Para as quatro ações de limpeza, realizadas em 2017, estiveram presentes 114 voluntários, entre eles trabalhadores de empresas locais, agrupamentos de escuteiros, associações de pais, escolas privadas e público em geral.

Na totalidade, "os 200 quilos de resíduos recolhidos naquela praia incluíam 6.100 materiais para catalogação".

De acordo com o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) de Viana do Castelo, " numa área de 100 metros, foram recolhidos 120 quilos de resíduos para caracterização, onde foram identificados 137 cotonetes, 127 beatas, 432 pedaços de plástico, entre outros materiais".

A praia do Cabedelo é muito procurada pelos amantes de desportos náuticos e monitorizada desde 2002.

“A praia do Cabedelo é monitorizada desde 2002 pois integrou o grupo de praias que participou no projeto piloto sobre lixo marinho organizado pela Convenção OSPAR", informou o CMIA.

Com a colaboração de várias autarquias, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) implementou em 2013 um programa de monitorização do Lixo Marinho em nove praias – Cabedelo, Barranha, Barra, Osso da Baleia, Amoeiras, Fonte da Telha, Monte Velho, Batata e Ilha de Faro.