Avô escreve carta aberta à pessoa que envenenou cão da neta

“A minha neta passeia o seu cão muitas vezes na companhia da sua prima, de três anos. Já pensaste que uma criança pode tocar nesse veneno e meter as mãos à boca?”

Francisco Caballero é avô de Celia, a menina de 11 anos que perdeu a sua cadela depois de esta ser envenenado em Aznalcóllar, Espanha. Revoltado com a situação e numa altura em que se têm registado uma série de envenenamentos a animais, Francisco decidiu escrever uma carta aberta à pessoa que matou o animal da neta.

"Chamo-me Francisco Mateos Caballero, tenho 73 anos, e sou avô da Celia, a menina cuja cadela envenenaste. Ao dirigir-me a ti, não sei como chamar-te, utilizarei ‘animal de quatro patas’, uma vez que te dedicas a matar estes animais. Alcançaste o teu objetivo, matar um cão, pobre animal. Mas só te vou descrever o dano colateral que causaste", começou por escrever.

Francisco conta que Celia recebeu Nuka, a pequena cadela, de presente e que foi educada a cuidar e gostar dele como se fosse uma pessoa. Nuka morreu depois de comer um pedaço de chouriço que continha um pesticida que é perigoso não só para animais, como também para as pessoas. A quantidade de veneno era tanta que não se pode fazer nada pela cadela.

"A minha neta passeia o seu cão muitas vezes na companhia da sua prima, de três anos. Já pensaste que uma criança pode tocar nesse veneno e meter as mãos à boca? […] Não só pões em risco a vida dos animais e os sentimentos dos seus donos, como estás a pôr em risco a vida de uma criança", acrescentou.

Para fazer com que a sua mensagem chegasse a mais pessoas, Francisco pediu à filha que partilhasse a carta nas redes sociais.

"Felicito-te pela tua “grandeza”. Satisfeito ‘animal de quatro patas’? Não és mais que um cobarde, uma pessoa má, que se esconde no anonimato para fazer mal aos animais e às pessoas que gostam deles (…) Por último, peço-te um favor: antes de fazeres algo assim, pensa nos danos que podes causar", rematou.