Greve no Metro de Lisboa sem serviços mínimos

A decisão do tribunal arbitral é justificada com a existência de “outros meios de transporte” e o “direito de deslocação”

A greve parcial dos trabalhadores do Metro Lisboa está marcada para quinta-feira, mas não terá serviços mínimos para a circulação de composições, de acordo com a decisão do tribunal arbitral esta terça-feira.

A decisão do tribunal arbitral foi publicada no site do Conselho Económico e Social, onde pode ler-se que “existem outros meios de transporte através dos quais os cidadãos em causa poderão exercer o seu direito de deslocação, sem por isso comprimirem o direito de greve daqueles trabalhadores”.

O tribunal explica que “a conclusão a que se chega é a de que não se impõe, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos relativos à circulação de composições, até por se tratar de uma greve de curta duração e havendo, como há, outros meios alternativos de transporte ao dispor dos cidadãos”.

A paralisação pode afetar a circulação das carruagens até às 9h30 : “a greve para a generalidade dos trabalhadores – e que afeta a operação – será das 06h até às 09h30. Para os trabalhadores administrativos será das 10h às 12h30", esclareceu uma fonte da Fectrans (Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações) à agência Lusa.

Os trabalhadores do metropolitano justificam esta greve parcial como sendo um protesto contra a proposta de atualização salarial plurianual de 24,50 euros, para 2018 e 2019, que foi apresentada aos sindicatos na passada quarta-feira pelo Conselho de Administração do Metro de Lisboa.

Relembrar que os trabalhadores do metro já estão a realizar uma greve, desde dia 9 de outubro, contra as horas extraordinárias.